Devíamos estar a pagar às pessoas por andarem a pé ou de bicicleta nas cidades

Matthew Baldwin, director-adjunto da DG Move, a Direcção-Geral da Mobilidade e Transportes da Comissão Europeia, insiste, em entrevista ao PÚBLICO, que é urgente reduzir a dependência do automóvel no espaço urbano.

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Matthew Baldwin esteve em Lisboa, no início deste mês, a participar na conferência Velo-city Rui Gaudêncio

No momento em que se assinala a 20.ª Semana Europeia da Mobilidade, sob o lema “Seguro e Saudável, com mobilidade sustentável”, o vice-director da DG Move propõe que passemos a tratar os “utilizadores vulneráveis” do espaço público como “utilizadores valiosos”, que importa preservar, diminuindo a sinistralidade rodoviária nas cidades da Europa. O inglês que no início de Setembro esteve em Lisboa, na conferência Velo-city, depois de ter viajado de Bruxelas para a capital portuguesa em bicicleta, acredita no poder ético da Visão Zero que nos impele a deixar de olhar para as mortes na estrada como uma decorrência inevitável da forma como a nossa sociedade está organizada. “No plano urbano, poderíamos atingir esse objectivo mais cedo”, afirma Matthew Baldwin.

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No momento em que se assinala a 20.ª Semana Europeia da Mobilidade, sob o lema “Seguro e Saudável, com mobilidade sustentável”, o vice-director da DG Move propõe que passemos a tratar os “utilizadores vulneráveis” do espaço público como “utilizadores valiosos”, que importa preservar, diminuindo a sinistralidade rodoviária nas cidades da Europa. O inglês que no início de Setembro esteve em Lisboa, na conferência Velo-city, depois de ter viajado de Bruxelas para a capital portuguesa em bicicleta, acredita no poder ético da Visão Zero que nos impele a deixar de olhar para as mortes na estrada como uma decorrência inevitável da forma como a nossa sociedade está organizada. “No plano urbano, poderíamos atingir esse objectivo mais cedo”, afirma Matthew Baldwin.