O que é a perturbação alimentar na infância e a que devemos estar atentos
Além das complicações de saúde, estas perturbações também podem dificultar a vida na escola.
Muitas vezes os mais pequeninos apresentam comportamentos de recusa alimentar, o que pode ser normal em termos do seu desenvolvimento, mas quando estes comportamentos se prolongam no tempo podemos desconfiar de uma perturbação alimentar na infância.
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Muitas vezes os mais pequeninos apresentam comportamentos de recusa alimentar, o que pode ser normal em termos do seu desenvolvimento, mas quando estes comportamentos se prolongam no tempo podemos desconfiar de uma perturbação alimentar na infância.
As características mais comuns nos bebés e crianças pequenas com perturbação alimentar são:
- Recusar os alimentos;
- Apresentar comportamentos “desadequados” na hora da refeição (choro, gritos, irritabilidade, engasgos e/ou vómitos);
- Seleccionar os alimentos;
- Apresentar reduzido ganho de peso;
- Parece frequentemente angustiado e irritado.
O que é a perturbação alimentar na primeira infância?
A perturbação alimentar é caracterizada pela ingestão de pouca comida ou por evitar comer determinados alimentos. Como resultado, as crianças não conseguem ingerir calorias ou nutrientes suficientes na sua dieta, o que leva a deficiências nutricionais, atrasos no crescimento e problemas em ganhar peso. Além das complicações de saúde, estas perturbações também podem dificultar a vida na escola, devido à sua condição.
A perturbação alimentar na infância não deve ser confundida com birras, que são bastante comuns entre os mais pequeninos (por exemplo, quando as crianças se recusam a comer os vegetais). Este tipo de padrão alimentar mais selectivo geralmente resolve-se em poucos meses, sem causar problemas no desenvolvimento e no crescimento.
O que pode causar a perturbação alimentar na primeira infância?
A causa exacta da perturbação alimentar não é conhecida mas os investigadores identificaram certos factores de risco para este transtorno, tais como:
- Ser do sexo masculino;
- Idade inferior a 13 anos;
- Ter sintomas gastrointestinais, como azia;
- Sofrer de alergias alimentares.
Quando o seu pediatra já despistou qualquer condição física da criança que possa justificar a causa dos seus hábitos alimentares desadequados, então podemos, entre outras coisas, pensar no seguinte:
- O bebé tem medo ou está stressado em relação a alguma coisa.
- O bebé tem medo de comer devido a um incidente traumático passado, como um episódio de vómito ou uma situação em que se engasgou.
- O bebé está a dar um sinal emocional de que sente falta de mais ou diferente disponibilidade emocional dos pais. Por exemplo, um bebé pode sentir medo e ficar ansioso com a própria ansiedade e forma dos pais reagirem às refeições.
Quais são os sinais a que devo estar atento?
Mesmo achando que o bebé se está a desenvolver bem, apesar das batalhas campais na hora da refeição, os pais devem procurar um especialista se o bebé:
- Apresenta baixo peso;
- Não come com tanta frequência (ou tanto) como devia;
- Fica frequentemente irritado e chora quando se apercebe que lhe vão dar a refeição;
- Parece por vezes angustiado ou distante;
- Muitas vezes parece cansado e lento;
- Engasga-se ou vomita com frequência;
- Recusa o biberão ou só mama a dormir (para os bebés mais pequeninos).
Se a perturbação alimentar na infância for tratada logo que os pais têm essa suspeita ou o bebé apresenta sintomas de uma alimentação inadequada persistentemente, a situação é facilmente resolvida com o mínimo impacto a longo prazo. Se não for tratada, os distúrbios alimentares podem levar a um atraso no desenvolvimento físico e mental que pode afectar o seu filho para toda a vida. Por exemplo, quando certos alimentos não fazem parte da dieta dos bebés e crianças pequenas, a nutrição e o seu desenvolvimento motor-oral podem ser afectados, o que pode contribuir para a apresentação de atrasos na fala.