Último dia de arranque de ano lectivo com balanços de sindicatos, vigília e greve
As aulas para cerca de 1,2 milhões de alunos do 1.º ao 12.º anos começaram esta semana, entre terça-feira e esta sexta-feira, com um novo ano marcado pelo arranque do plano de recuperação de aprendizagens, mas também pela finalização do processo de municipalização da educação, um dos motivos para a greve do Sindicato de Todos os Professores (STOP).
Sindicatos de professores escolheram o último dia de arranque do ano lectivo para fazer um balanço da abertura, lançar uma consulta nacional, realizar um plenário e uma vigília por melhores condições de trabalho.
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Sindicatos de professores escolheram o último dia de arranque do ano lectivo para fazer um balanço da abertura, lançar uma consulta nacional, realizar um plenário e uma vigília por melhores condições de trabalho.
As aulas para cerca de 1,2 milhões de alunos do 1.º ao 12.º anos começaram esta semana, entre terça-feira e esta sexta-feira, com um novo ano marcado pelo arranque do plano de recuperação de aprendizagens, mas também pela finalização do processo de municipalização da educação, um dos motivos para a greve do Sindicato de Todos os Professores (STOP), que tem esta sexta-feira o seu último dia da paralisação.
Para os sindicatos que representam professores e pessoal não docente, as escolas reabrem “com os problemas de sempre”, segundo palavras da Fenprof.
A Fenprof estará esta sexta-feira no Porto para um balanço da abertura e perspectivar o ano lectivo que agora começa, mas vai já avançando que os professores iniciaram o trabalho nas escolas com os alunos “sem que tivessem melhorado as condições de trabalho” e com alguns dos seus direitos fundamentais, como a carreira e a estabilidade, “a serem postos em causa”.
E é por causa das condições de trabalho que o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) vai esta noite fazer uma vigília no Porto, para que se retomem as negociações com o Governo em matérias como a avaliação e progressão na carreira.
A vigília será na praça Carlos Alberto, no Porto, para protestar “contra dois anos de silêncio por parte do Ministério da Educação”, depois de um plenário em que serão decididas as próximas formas de luta.
Entre as reivindicações estão a abolição das vagas de acesso aos quinto e sétimo escalões da carreira docente, a idade da reforma, a reformulação do processo de avaliação e a instabilidade da carreira docente.
Já a Federação Nacional da Educação (FNE) escolheu o dia desta sexta-feira para lançar uma consulta nacional online a professores e trabalhadores não docentes, “para avaliar, de forma detalhada, as condições de abertura do novo ano lectivo”.
A ideia é perceber se estão a ser compridos os procedimentos de segurança adequados aos tempos de pandemia de covid-19 e que problemas afectam as condições de trabalho e o bem-estar de todos os participantes na vida escolar.
Entretanto, desde o início da semana que está a decorrer uma greve promovida pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP), que abrande todos os profissionais de educação desde creches ao ensino superior.
No último dia do arranque do ano lectivo, marcado pelas acções sindicais, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, visita a Escola Secundária Fontes Pereira de Melo, no Porto, onde acompanhará o processo de testagem a pessoal docente e não docente.
Segundo o Ministério, trata-se de “uma das poucas escolas da Área Metropolitana do Porto em que ainda decorre esta operação, que prosseguirá nas semanas seguintes com a testagem aos alunos do ensino secundário e do 3.º ciclo”.