Ed Kashi escreveu uma carta de amor à Fotografia
O fotojornalista norte-americano Ed Kashi descreve, no seu mais recente fotolivro Moments of Abandonment: a Love Letter to Photography, a relação “visceral e emocional” que mantém com a Fotografia. “Ao longo de décadas de trabalho, desenvolvi uma abordagem imersiva que me permite disparar de forma intuitiva, desprendida do visor da câmara”, explica ao P3. “Nesses momentos, não estou a tentar contar uma história, estou apenas a reagir ao que estou a sentir.”
Ao longo de mais de 40 anos de carreira, o fotojornalista norte-americano Ed Kashi foi testemunha, nas suas palavras, de “dor e crueldade inimagináveis”. A cobertura dos conflitos no Iraque, na Síria, no Afeganistão, o convívio com minorias oprimidas, com vítimas de exploração laboral e sexual, deixaram marcas psicológicas profundas que não sacudiram algo que considera “uma bênção” e, ao mesmo tempo, uma espécie de “doença terminal”: o seu amor pela Fotografia. O seu mais recente fotolivro, intitulado Moments of Abandonment: a Love Letter to Photography, traduz em imagens a relação visceral que mantém com a Fotografia e assina, oficialmente, uma “declaração filosófica” que se posiciona nos antípodas da de Henri Cartier-Bresson e do seu famoso “momento decisivo”. Kashi explora, no conjunto de imagens que reuniu, aquilo que cunha de “momento de abandono”, que descreve, em entrevista ao P3 a partir de Nova Iorque, como uma prática fotográfica que privilegia o instinto, a intuição, a rendição e o caos.
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Ao longo de mais de 40 anos de carreira, o fotojornalista norte-americano Ed Kashi foi testemunha, nas suas palavras, de “dor e crueldade inimagináveis”. A cobertura dos conflitos no Iraque, na Síria, no Afeganistão, o convívio com minorias oprimidas, com vítimas de exploração laboral e sexual, deixaram marcas psicológicas profundas que não sacudiram algo que considera “uma bênção” e, ao mesmo tempo, uma espécie de “doença terminal”: o seu amor pela Fotografia. O seu mais recente fotolivro, intitulado Moments of Abandonment: a Love Letter to Photography, traduz em imagens a relação visceral que mantém com a Fotografia e assina, oficialmente, uma “declaração filosófica” que se posiciona nos antípodas da de Henri Cartier-Bresson e do seu famoso “momento decisivo”. Kashi explora, no conjunto de imagens que reuniu, aquilo que cunha de “momento de abandono”, que descreve, em entrevista ao P3 a partir de Nova Iorque, como uma prática fotográfica que privilegia o instinto, a intuição, a rendição e o caos.