Moody’s melhora rating da dívida de Portugal

A classificação agora atribuída a Portugal, de Baa2, é a mais elevada notação da Moody’s à dívida pública nacional desde 2011, salientou o Ministério das Finanças em reacção. Em seis anos, país viu encargos com a dívida decrescerem três mil milhões de euros.

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Nuno Ferreira Santos

A agência de rating norte-americana Moody’s subiu esta sexta-feira, 17 de Setembro, a notação da dívida portuguesa de Baa3 para Baa2, com perspectiva estável, apontando a expectativa de melhoria do crescimento da economia no longo prazo, foi divulgado.

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A agência de rating norte-americana Moody’s subiu esta sexta-feira, 17 de Setembro, a notação da dívida portuguesa de Baa3 para Baa2, com perspectiva estável, apontando a expectativa de melhoria do crescimento da economia no longo prazo, foi divulgado.

Num comunicado publicado na noite desta sexta-feira, a Moody’s assinala os factores que levaram a esta subida do rating da dívida soberana de longo prazo, destacando, além das perspectivas de crescimento, a confiança de que a dívida pública “vai reduzir-se nos próximos anos” devido “a um crescimento económico mais forte” e à maior eficácia das medidas orçamentais.

A Moody’s não atribuía ao Estado Português um nível de rating tão elevado desde 2011, salientou, em reacção, o Ministério das Finanças, esta noite, em comunicado.

Em comunicado às redacções, o ministério liderado por João Leão, que em menos de um mês apresentará a proposta de Orçamento do Estado para 2022, sublinha que “esta é também a primeira subida de rating da República Portuguesa desde o início da pandemia”, declarada oficialmente em Portugal a 2 de Março de 2020. A tutela vê neste movimento “um sinal muito positivo para a credibilidade para o país e para a segurança e estabilidade financeira das famílias e das empresas”.

Citado no comunicado agora divulgado pelo Ministério das Finanças, João Leão defende que a decisão da agência de notação norte-americana “contribui para reforçar ainda mais a confiança dos investidores e a credibilidade externa de Portugal, com impacto directo nos custos de financiamento das famílias, das empresas e do Estado”.

“Já em 2021”, contabiliza João Leão na nota à comunicação social, “perspectivamos pagar menos cerca de 3 mil milhões de euros de juros do que em 2015”, defendendo que “é importante continuar este percurso, retomando a trajectória de redução do rácio de dívida pública/PIB, que só foi interrompida devido à pandemia”.

Em Março deste ano, a Moody’s optou por não se pronunciar sobre a dívida pública portuguesa, mantendo-a com a classificação de Baaa3, um nível acima do “lixo”, com perspectiva positiva.

No comunicado emitido esta noite pelo Ministério das Finanças, João Leão assume ter a “ambição que depois da Moody’s, outras agências subam o rating, permitindo melhores condições de financiamento para a República, por forma reduzir os encargos do país e aumentar os ganhos para todos os portugueses”.

Em Agosto, a DBRS manteve o “rating de longo prazo […] da República Portuguesa em BBB (alto)”. Em Maio, a Fitch manteve o rating de Portugal em BBB, nível de investimento, continuando o país com perspectiva estável, não tendo alterado a sua avaliação desde aí.

O rating é uma classificação atribuída pelas agências de notação financeira que avalia o risco de crédito (capacidade de pagar a dívida) de um emissor, que pode ser um país ou uma empresa.