Portugal esmaga Ilhas Salomão no Mundial de futsal

Com o empate no Marrocos-Tailândia, Portugal garantiu o apuramento para os oitavos-de-final.

Foto
Jogadores portugueses celebram na Lituânia André Sanano/FPF

Domínio do jogo, mais remates, mais oportunidades de golo e mais magia. O Portugal-Ilhas Salomão, no Mundial de futsal, foi tudo aquilo que se esperava que fosse e a selecção nacional venceu por esclarecedores 7-0.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Domínio do jogo, mais remates, mais oportunidades de golo e mais magia. O Portugal-Ilhas Salomão, no Mundial de futsal, foi tudo aquilo que se esperava que fosse e a selecção nacional venceu por esclarecedores 7-0.

Nesta quinta-feira, na Lituânia, no jogo frente à equipa mais frágil do grupo C, Portugal nunca forçou muito e não aplicou o seu futsal de excelência, mas nem foi preciso. Com tranquilidade e algumas pinceladas de qualidade aqui e acolá, a equipa liderada por Jorge Braz foi construindo um resultado nada salomónico para com a selecção do Pacífico, que já soma 13 golos sofridos e nenhum marcado em dois jogos.

Na classificação do grupo, Portugal subiu à liderança e, com o empate a um golo no Marrocos-Tailândia, garantiu um lugar nos oitavos-de-final, mesmo que perca o último jogo, frente aos africanos.

Portugal começou o jogo em 4x0, abdicando de ter um jogador mais fixo como pivot. A opção pela mobilidade proporcionou mais um contra um e os jogadores das Ilhas Salomão, a defenderem com referências individuais, pareceram sempre pouco capazes de suster o talento português. Afinal, trata-se da equipa que ainda hoje detém o indesejado recorde de mais golos sofridos num jogo do Mundial: perdeu 31-2 frente à Rússia, em 2008.

Sem Portugal forçar muito, as oportunidades de golo começaram a surgir. O primeiro golo chegou aos 5’, numa combinação entre Fábio Cecílio e Ricardinho, que o primeiro finalizou – com ajuda do guarda-redes Talo, mal batido neste lance.

Com colegas pouco competentes com bola, o guardião de Salomão optava sempre pelos lançamentos longos à mão. Os intentos esbarravam, depois, na incapacidade que os colegas tinham em controlar a bola a preceito.

Apesar dos processos de jogo algo rudimentares, a equipa da Oceânia até somou um par de oportunidades de golo, fruto de alguma passividade portuguesa junto da própria área.

Faltou às Ilhas Salomão engenho no remate, algo que não faltou a Ricardinho, aos 13’, com assistência de Miguel Ângelo, e aos 20’, a André Coelho, naquele que foi o grande momento do jogo.

O jogador do Barcelona foi solicitado pelo ar e, sem deixar a bola cair, disparou um “míssil” indefensável. Portugal, que já ia explorando algum trabalho de pivot, sobretudo com Zicky Té, foi para o intervalo a vencer por 3-0.

Na segunda parte Portugal não fez descansar as principais estrelas – nem mesmo Ricardinho, regressado de lesão. A selecção continuou dentro do jogo e tentar alargar o resultado, mas já num ritmo bastante mais lento.

Chegou ao golo aos 4’, quando André Coelho bisou (jogada de Ricardinho e João Matos) e aos 7’, num auto-golo de Sia. O desgaste físico nas Ilhas Salomão começou a ser mais visível e as facilidades acentuaram-se. Houve tempo para o 6-0, por Erick, o 7-0, por Pany Varela.

Texto actualizado às 19h55, com o desfecho do Marrocos-Tailândia.