Para Moreira, “plágios” e queixas à CNE são “questiúnculas” lamentáveis
Em causa estão acusações por parte dos sociais-democratas de apropriação de mensagens do partido. Já o PS considera abusivo o uso da imagem do seu candidato a Campanhã no jornal dos independentes.
“Lamentável” é o adjectivo escolhido por Rui Moreira para responder às acusações de plágio feitas pelo candidato do PSD à Câmara do Porto. Na manhã desta quarta-feira, à margem de uma visita ao Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano, o actual presidente da câmara desvalorizou a querela levantada no dia anterior por Vladimiro Feliz e aproveitou para lançar algumas farpas ao PS, que considera ter existido uso “abusivo” da imagem do candidato socialista à freguesia de Campanhã.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Lamentável” é o adjectivo escolhido por Rui Moreira para responder às acusações de plágio feitas pelo candidato do PSD à Câmara do Porto. Na manhã desta quarta-feira, à margem de uma visita ao Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano, o actual presidente da câmara desvalorizou a querela levantada no dia anterior por Vladimiro Feliz e aproveitou para lançar algumas farpas ao PS, que considera ter existido uso “abusivo” da imagem do candidato socialista à freguesia de Campanhã.
No primeiro assunto, em causa, de acordo com comunicado enviado pelos sociais-democratas, está a alegada apropriação por parte de Moreira de mensagens inscritas nos cartazes do antigo vereador de Rui Rio. Essas mensagens, lê-se, foram usadas pelo candidato independente no manifesto eleitoral que apresentou na terça-feira, alegadamente, semelhantes também ao programa eleitoral do seu oponente.
“Parece-me que agora que está de saída, o candidato limita-se a fazer plágio de grande parte das propostas apresentadas nos outdoors do PSD, nomeadamente nas creches onde nada fez em oito anos e na carga fiscal dos munícipes, onde aplica a taxa máxima de IRS aos portuenses e onde já recebeu recomendações do regulador para reduzir a factura da água”, atira o candidato do PSD no mesmo comunicado.
“É muito fácil dizer agora que vão baixar a água, mas na altura [em 2011] o que tentaram, sem nunca terem anunciado isso em programa eleitoral, foi vender as águas”, ripostou Moreira, remetendo para uma altura em que Vladimiro Feliz era vice-presidente da autarquia.
Sobre a acusação de plágio de cartazes, o autarca que se recandidata ao terceiro e último mandato, tem outro entendimento: “Quem coordenou o nosso manifesto foi o professor Freire de Sousa, creio que o manifesto do PSD terá sido o professor Feyo de Azevedo. Não acredito que se plagiem. Portanto, acho esse argumento lamentável.”
O contra-ataque de Moreira sobrou também para o PS de Tiago Barbosa Ribeiro, que fez chegar uma queixa à Comissão Nacional de Eleições, por considerar “abusivo” o uso da imagem do candidato socialista à freguesia de Campanhã no jornal de campanha do movimento Aqui há Porto.
Nas páginas da publicação onde estão destacados os candidatos de Moreira às freguesias, aparece, do lado direito, destacado com fundo de outra cor, o socialista Ernesto Santos. A escolha parece ter sido feita em consciência e sem arrependimento por parte do movimento independente. “O Ernesto Santos não está nada preocupado com o facto de nós o apoiarmos. Julgo que o bom PS também não estará muito preocupado. Julgo que o PS dos directórios naturalmente fica muito ofendido, mas isso são questiúnculas do partido”, atira Moreira, sublinhando a aliança que diz existir com o candidato socialista a Campanhã.