MIUS quer duplicar o número de inscritos em 2022
O Madeira Island Ultra Swim pretende ser a médio prazo a “melhor prova de natação em águas abertas na Europa”.
Após uma primeira edição em 2020 repleta de condicionalismos devido à pandemia, o Madeira Island Ultra Swim (MIUS) deu no passado fim-de-semana as primeiras braçadas consistentes no sentido de se tornar a médio prazo a “melhor prova de natação em águas abertas na Europa”.
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Após uma primeira edição em 2020 repleta de condicionalismos devido à pandemia, o Madeira Island Ultra Swim (MIUS) deu no passado fim-de-semana as primeiras braçadas consistentes no sentido de se tornar a médio prazo a “melhor prova de natação em águas abertas na Europa”.
A meta é traçada por Avelino Silva, presidente da Associação de Natação da Madeira e director executivo da competição, que, para 2022, coloca a fasquia em 750 inscritos, mais do dobro dos atletas que nadaram nas águas madeirenses neste ano.
O cenário ainda esteve longe de ser perfeito, culpa das restrições relacionadas com o controlo da covid-19 que continuam a existir, mas num balanço das cinco provas (30, 10, 5, 3.5 e 1 quilómetro) realizadas na costa Sul da Madeira, Avelino Silva mostra satisfação pelos “objectivos alcançados nesta segunda edição e com o sentimento de dever cumprido”.
O principal responsável pela natação na Madeira, salienta que durante dois dias com “condições de competição muito diversificadas, ora com corrente a favor, ora com corrente contra” e um “espelho de água inconstante”, o que “permitiu criar alguma incerteza em relação aos vencedores”, assistiu-se a um “ambiente de solidariedade e de incentivos mútuos entre os atletas, pois, mais do que a classificação final, existe essa sensação de adrenalina em cortar a meta”.
Tendo verificado que muitos nadadores “ao terem concluído a sua prova com sucesso, já estavam a planear a próxima edição numa outra prova numa distância superior, aumentando o desafio”, Avelino Silva diz em declarações ao PÚBLICO que acredita que o MIUS 2021 correspondeu às “expectativas dos atletas e das comitivas”, para além de ter acrescentado “valor àquilo que a Madeira melhor tem, como o clima, a segurança, a qualidade do mar, a gastronomia e o bem receber”, e de ter contribuído “para uma Madeira activa, no conceito de turismo desportivo”.
Olhando para 2022, o presidente da Associação de Natação da Madeira reconhece que ainda há “todo um caminho a fazer, de aprendizagens e consolidação de processos”, mas traça objectivos ambiciosos: “Nesta edição já crescemos quase o dobro em relação a edição anterior. Para 2022, a participação de 750 atletas é atingível, até porque o contexto pandémico estará certamente mais controlado.”
Lembrando que “o mar contribui significativamente para a zona exclusiva económica” e que o “peso do turismo para o PIB é muito significativo para a Região Autónoma”, Avelino Silva salienta que “a Madeira tem características únicas para a prática de natação do mar, e, nesse sentido, o MIUS surge de forma natural e com a ambição de num espaço de três a quatro anos” chegar à “meta dos dois mil atletas”: “Este é o tempo de reflectir e ir ajustando aquilo que tiver que ser ajustado para tornar o MIUS na melhor prova de águas abertas na Europa.”