Apple lança actualização para “fechar a porta” a software de espionagem Pegasus
Actualização surge dias depois de um grupo de investigadores descobrir uma falha que permitia que um programa de espionagem do grupo israelita NSO acedesse aos telemóveis, relógios e computadores da Apple.
A Apple lançou esta segunda-feira actualizações de emergência do software dos iPhone, Apple Watch e computadores para combater uma vulnerabilidade crítica. O anunciou acontece dias depois de um grupo de investigadores descobrir uma falha que permitia que um software de espionagem altamente invasivo do grupo israelita NSO acedesse aos dispositivos da Apple.
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A Apple lançou esta segunda-feira actualizações de emergência do software dos iPhone, Apple Watch e computadores para combater uma vulnerabilidade crítica. O anunciou acontece dias depois de um grupo de investigadores descobrir uma falha que permitia que um software de espionagem altamente invasivo do grupo israelita NSO acedesse aos dispositivos da Apple.
Em Julho deste ano, vieram a público as revelações de um consórcio de jornalistas que investiga como os clientes da empresa israelita NSO terão usado o Pegasus, um software de espionagem para smartphones usado para vigiar jornalistas, activistas, empresários, e políticos. Algumas das pessoas que se suspeita que tenham sido vigiadas, ou pessoas próximas delas, estão mortas, como o jornalista mexicano Cecilio Pineda ou o saudita Jamal Khashoggi. Outras foram raptadas, como a princesa Latifa, do Dubai, que tentava fugir do país.
Segundo escreve a CNN, os investigadores do Citizen Lab da Universidade de Toronto avançaram que a falha está activa desde Fevereiro e que foi usada para implementar o Pegasus. A actualização lançada hoje pela Apple “fecha a porta” a uma falha identificada no iMessage — a app nativa de troca de mensagens — que permitiu que os hackers se infiltrassem nos telemóveis sem que fosse preciso algum tipo de interacção (como clicar num link, por exemplo).
A gigante da tecnologia deu crédito à equipa do Citizen Lab por encontrar a vulnerabilidade, mas não avançou mais detalhes sobre o processo.
Em comunicado, citado pela CNN, o Grupo NSO não comenta as alegações e diz apenas que “continuará a fornecer às agências de inteligência e aplicação da lei em todo o mundo tecnologias que salvam vidas para combater o terrorismo e o crime”.