CDC dos Estados Unidos alerta que covid-19 é 11 vezes mais letal em pessoas não vacinadas
A protecção da vacina contra a covid-19 perante a necessidade de hospitalização ou morte permaneceu forte, mesmo quando a variante Delta se tornou dominante nos EUA.
Os indivíduos não vacinados contra a covid-19 são mais susceptíveis à infecção e à morte pela doença, de acordo com as conclusões de três estudos levados a cabo pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América (EUA). A autoridade norte-americana conclui que os americanos não vacinados têm 11 vezes mais probabilidade de morrer devido ao novo coronavírus do que quem está vacinado, noticia o jornal The New York Times.
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Os indivíduos não vacinados contra a covid-19 são mais susceptíveis à infecção e à morte pela doença, de acordo com as conclusões de três estudos levados a cabo pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América (EUA). A autoridade norte-americana conclui que os americanos não vacinados têm 11 vezes mais probabilidade de morrer devido ao novo coronavírus do que quem está vacinado, noticia o jornal The New York Times.
Segundo o CDC, entre os cidadãos não vacinados constata-se que têm 4,5 vezes mais probabilidade de serem infectados do que as pessoas vacinadas e dez vezes mais hipóteses de serem hospitalizados, ou seja, de desenvolver doença grave. Estes resultados dizem respeito a uma amostra de 600.000 mil pessoas, de 13 estados, que foram analisadas entre Abril e Junho deste ano.
A protecção da vacina contra a hospitalização e morte permaneceu forte, mesmo quando a variante Delta se tornou dominante nos EUA. Contudo, a eficácia das vacinas perante a variante na prevenção da infecção caiu de 91% para 78%, descobriu o estudo.
“Como mostramos, estudo após estudo, a vacinação funciona”, disse Rochelle Walensky, directora do CDC, numa conferência de imprensa na Casa Branca esta sexta-feira. “O que quero reiterar aqui é que bem mais de 90% das pessoas hospitalizadas não foram vacinadas”, reforçou Walensky, citada no mesmo jornal.
Os estudos do CDC são divulgados um dia depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciar medidas que obrigam dois terços da classe trabalhadora do país a estar obrigatoriamente vacinada contra a covid-19. O pacote de medidas de Joe Biden abrange não só funcionários públicos, como também obriga empresas privadas com mais de 100 trabalhadores a exigir vacinação ou, em alternativa, a testar os seus empregados uma vez por semana.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), apenas 53% da população está completamente vacinada contra a covid-19, numa altura em que a variante Delta fez subir o número de casos diários acima dos 150 mil pela primeira vez desde finais de Janeiro. A nova vaga de casos tem voltado a colocar vários hospitais sob pressão, e o número de vítimas mortais está perto de 1500 por dia.
Dois outros estudos publicados também esta sexta-feira detectaram uma diminuição da protecção das vacinas entre os adultos mais velhos.
Um dos quais descobriu que a protecção contra a hospitalização diminuiu com a idade, para 80% nas pessoas com 66 ou mais anos, contra 95% para os adultos entre os 18 e os 64 anos. O outro estudo descobriu que a eficácia da vacina cai a partir dos 75 anos.