Jovem trocada à nascença em hospital espanhol pede indemnização de três milhões de euros

A jovem descobriu que não estava a viver com os pais biológicos através de testes de ADN, e pede uma indenização de três milhões de euros ao Ministério da Saúde de La Rioja, em Espanha.

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As duas mulheres nasceram no mesmo dia, apenas com cinco horas de diferença Manuel Roberto

Uma jovem espanhola denunciou esta terça-feira que foi trocada à nascença, em 2002, num hospital público de Logronho. Agora, com 19 anos, exige uma indemnização de três milhões de euros do Ministério da Saúde pelos danos causados, segundo avançou a imprensa local. O departamento reconhece o “erro humano”. Até agora, a outra lesada não reagiu à denúncia, tendo sido já informada da alegada negligência.

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Uma jovem espanhola denunciou esta terça-feira que foi trocada à nascença, em 2002, num hospital público de Logronho. Agora, com 19 anos, exige uma indemnização de três milhões de euros do Ministério da Saúde pelos danos causados, segundo avançou a imprensa local. O departamento reconhece o “erro humano”. Até agora, a outra lesada não reagiu à denúncia, tendo sido já informada da alegada negligência.

As duas mulheres nasceram no mesmo dia, apenas com cinco horas de diferença, no já extinto hospital de San Millán, em Logronho. Ambas nasceram com pouco peso, o que ditou que ficassem na área da incubadora para permitir um desenvolvimento completo. Foi então que ocorreu a alegada falha, que fez com que as bebés acabassem nos braços da família errada.

A denunciante, cujo nome não foi divulgado, passou de um ambiente estruturado para uma família com complicações e foi criada por quem acreditava ser a sua avó, de acordo com o jornal La Rioja.

A primeira suspeita surgiu quando, em 2017, a suposta mãe da adolescente processou o suposto pai por não cuidar da filha. As disputas terminaram com um teste de ADN, que revelou que o homem não era o pai da criança. Análises subsequentes revelaram que a mãe também não tinha qualquer parentesco genético.

O advogado à frente do caso, José Sáez-Morga, explica que a lesada se dirigiu aos advogados quando completou 16 anos com um pedido: “Digam-me quem eu sou”. Recorreram à inspecção de Saúde de La Rioja e deram início a uma investigação. Descobriram que na altura havia 17 meninas que podiam coincidir com a denunciante e, depois de exames sanguíneos, encontraram a bebé com quem poderia ter sido trocada.

Neste momento, faltam apenas os resultados de testes de ADN solicitados em Janeiro, para determinar se os pais da bebé em questão eram realmente biológicos da cliente de Sáez-Morga. Tudo aponta para que se confirme o parentesco. De acordo com o advogado, as duas lesadas não estabeleceram contacto até agora.