Grande Médio Oriente, o projecto da Administração Bush para reformar a região a partir de Bagdad

A ideia do efeito dominó, tantas vezes repetida por esses anos, teve o seu maior delírio numa iniciativa que via o Iraque como desencadeador de um glorioso processo de democratização no mundo árabe e muçulmano.

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George W. Bush, Donald Rumsfeld e Dick Cheney KEVIN LAMARQUE/Reuters

Não foi preciso esperar muito depois do 11 de Setembro para se perceber que a Administração de George W. Bush tinha planos que iam bastante além do Afeganistão, onde estava o confesso instigador dos ataques, Osama bin Laden, e onde a rede terrorista que este fundara, a Al-Qaeda, funcionava livremente. No próprio dia, segundo anotações passadas a um dos seus assessores e entretanto tornadas públicas, já o então secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, pedia que fossem reunidas “rapidamente as melhores informações” e que fosse avaliado se eram “suficientemente boas para atingir SD [Saddam Hussein], ao mesmo tempo”, e “não apenas UBL [Osama bin Laden]”.

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Não foi preciso esperar muito depois do 11 de Setembro para se perceber que a Administração de George W. Bush tinha planos que iam bastante além do Afeganistão, onde estava o confesso instigador dos ataques, Osama bin Laden, e onde a rede terrorista que este fundara, a Al-Qaeda, funcionava livremente. No próprio dia, segundo anotações passadas a um dos seus assessores e entretanto tornadas públicas, já o então secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, pedia que fossem reunidas “rapidamente as melhores informações” e que fosse avaliado se eram “suficientemente boas para atingir SD [Saddam Hussein], ao mesmo tempo”, e “não apenas UBL [Osama bin Laden]”.