Custos de construção da habitação sobem mais de 6% pelo terceiro mês consecutivo
Aumento nos encargos com os materiais de construção nova foi de 8,6% em Julho, face a igual mês de 2020. Custos de mão-de-obra agravaram-se 3,9%, uma desaceleração dos 6,2% registado um mês antes.
Pelo oitavo mês consecutivo, os custos mensais de construção de habitação nova, medidos pelo índice do Instituto Nacional de Estatística (INE), subiram acima de 2% face a igual mês de 2020. Com aceleração clara a partir de Março passado, com subidas homólogas de 3,9% nesse mês, de 5,7% em Abril, de 6,2% em Maio, de 6,6% em Julho e de 6,6% em Julho.
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Pelo oitavo mês consecutivo, os custos mensais de construção de habitação nova, medidos pelo índice do Instituto Nacional de Estatística (INE), subiram acima de 2% face a igual mês de 2020. Com aceleração clara a partir de Março passado, com subidas homólogas de 3,9% nesse mês, de 5,7% em Abril, de 6,2% em Maio, de 6,6% em Julho e de 6,6% em Julho.
Um ano antes, em pleno arranque da pandemia no país e na Europa, o índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) manteve-se sempre acima de igual período de 2019, segundo o INE. O ano passado começou com variações homólogas mensais positivas de 3,8% e 3,5% em Janeiro e Fevereiro – sempre face a iguais meses de 2019 – abrandou para uma subida de 1,7% em Março, a que se seguiram acréscimos de 0,4% e 0,8% em Abril e Maio. E voltou para o patamar acima dos 1% a partir de Junho de 2020. Fasquia da qual não baixa há 13 meses.
Na informação divulgada esta quarta-feira, o INE adianta que os agregados do índice traduziram “diferentes dinâmicas das suas componentes”. Enquanto preço dos materiais registaram uma subida mensal homóloga de 8,6% em Julho, o relativo à mão-de-obra “abrandou” para 3,9%. Ambos têm vindo a preocupar o sector, que já alertou para os riscos na execução de obras, sobretudo públicas e com financiamento de Bruxelas.
Nos materiais utilizados para a construção de habitação nova, a evolução mensal homóloga positiva (de 2019 para 2020) passou de 3,8% em Abril, para 5,9% em Maio, para 6,8% em Junho, para os já referidos 8,6% no passado mês de Julho.
Em paralelo, os encargos suportados com a mão-de-obra empregue na construção de habitação nova passaram de uma evolução, sempre positiva, mensal homóloga de 8,4% em Abril, para 6,6% em Maio, para 6,2% em Junho, para os já mencionados 3,9% em Julho.