“Ainda hoje me parece uma ilusão, um truque de magia”

No dia 11 de Setembro de 2001, o realizador português, nova-iorquino desde os anos 1980, tinha vindo a Lisboa e viu tudo através da televisão. Este é um dos depoimentos recolhidos pelo PÚBLICO para assinalar a data.

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Vivia, há mais de dez anos, num velho loft no bairro de Tribeca, em Manhattan, a poucas ruas do World Trade Center. No início de Setembro de 2001 tinha vindo a Portugal com o actor Robert de Niro e um grupo de amigos nova-iorquinos. Depois de saídas gastronómicas pelo país fora, que culminou num magnífico jantar no antigo Pap'Açôrda, eles voltaram para casa no dia 10. Eu fiquei mais uns dias em Lisboa. No dia 11 recebo um telefonema da Ece, a minha namorada turca que vivia no Soho, um bairro acima de Tribeca, aos gritos, a dizer que a caminho do trabalho tinha visto um avião a entrar por uma das torres. Primeiro achei que ela estava com os copos. Depois pensei que estava a ter um ataque alucinogéneo. Finalmente, decidi que deveria ter sido um acidente de avião e tentei acalmá-la.

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Vivia, há mais de dez anos, num velho loft no bairro de Tribeca, em Manhattan, a poucas ruas do World Trade Center. No início de Setembro de 2001 tinha vindo a Portugal com o actor Robert de Niro e um grupo de amigos nova-iorquinos. Depois de saídas gastronómicas pelo país fora, que culminou num magnífico jantar no antigo Pap'Açôrda, eles voltaram para casa no dia 10. Eu fiquei mais uns dias em Lisboa. No dia 11 recebo um telefonema da Ece, a minha namorada turca que vivia no Soho, um bairro acima de Tribeca, aos gritos, a dizer que a caminho do trabalho tinha visto um avião a entrar por uma das torres. Primeiro achei que ela estava com os copos. Depois pensei que estava a ter um ataque alucinogéneo. Finalmente, decidi que deveria ter sido um acidente de avião e tentei acalmá-la.