Adriana é a primeira mulher na classe de mergulhadores da Marinha
Adriana Oliveira tem 24 anos e é natural de Vila do Conde.
A Marinha anunciou esta sexta-feira, 3 de Setembro, que a primeiro-grumete Adriana Oliveira, com 24 anos e natural de Vila do Conde, se tornou a “primeira mulher, militar, a concluir o exigente curso da classe de mergulhadores da Marinha”. Adriana Aquino de Oliveira é licenciada em Ciências do Mar pela Universidade dos Açores.
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A Marinha anunciou esta sexta-feira, 3 de Setembro, que a primeiro-grumete Adriana Oliveira, com 24 anos e natural de Vila do Conde, se tornou a “primeira mulher, militar, a concluir o exigente curso da classe de mergulhadores da Marinha”. Adriana Aquino de Oliveira é licenciada em Ciências do Mar pela Universidade dos Açores.
Em comunicado, a Marinha indica que a classe de militares que “concluem agora o curso de especialização”, em que se inclui Adriana Oliveira, tinha jurado bandeira a 3 de Julho de 2020, após terem terminado a recruta. “Seguiu-se a exigente fase do curso para a especialização da sua classe. Mais de um ano depois, os 10 militares, onde se inclui a primeiro-grumete Adriana Oliveira, concluem com aproveitamento o curso que lhes garante o ingresso na classe de mergulhadores”, lê-se no comunicado.
Segundo a Marinha, os mergulhadores “constituem a componente operacional” da “área do mergulho militar e inactivação de explosivos, através do emprego de equipas altamente especializadas que operam num largo espectro de missões, tanto em tempo de paz, como em tempo de guerra”.
“Os mergulhadores da Armada têm capacidade de mergulhar até 81 metros de profundidade. (...) Têm participado ao longo da sua existência em diversas missões de interesse público e noutras missões de relevo, quer nacionais, quer internacionais”, frisa a Marinha. Fruto da “relevância da sua acção”, a classe de mergulhadores já foi condecorada com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos e a Ordem do Infante D. Henrique.
Em Março, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, informou que, em 2020, o número de mulheres no efectivo das Forças Armadas subiu de 12% para 13%. Numa mensagem publicada no portal da Defesa Nacional, Gomes Cravinho indicava que as mulheres representavam também “40% dos dirigentes civis”, assinalando que, passados 30 anos sobre a abertura das fileiras militares às mulheres, há duas mulheres generais e “muitas são oficiais superiores com cargos de comando, direcção”.
Em 2017, a taxa de participação das mulheres nas Forças Armadas portuguesas era de cerca de 11%, com 3002 mulheres entre os 27.948 militares do efectivo.