Cerca de 24 mil afegãos entraram nos EUA após tomada do poder pelos taliban

Aproximadamente 20 mil afegãos estão em centros de trânsito em países do Médio Oriente e cerca de 23 mil em bases militares em sete países europeus. No total, 124 mil pessoas foram retiradas do Afeganistão.

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Os afegãos encontram-se em bases militares preparadas para os alojar enquanto o estatuto legal no país está a ser formalizado Roman Rios/EPA

Cerca de 24 mil afegãos já entraram nos Estados Unidos desde que começou o processo de evacuação no aeroporto de Cabul, após a tomada do poder pelos taliban, disse o Departamento de Estado norte-americano.

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Cerca de 24 mil afegãos já entraram nos Estados Unidos desde que começou o processo de evacuação no aeroporto de Cabul, após a tomada do poder pelos taliban, disse o Departamento de Estado norte-americano.

O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, não especificou que tipo de visto tinham, mas afirmou numa conferência de imprensa que a maioria eram “afegãos em risco”.

Os afegãos encontram-se em bases militares no país preparadas para os alojar enquanto o estatuto legal no país está a ser formalizado.

Este número é, contudo, apenas uma parte do total de 124 mil retirados entre 14 e 31 de Agosto pelas tropas dos EUA e da coligação internacional.

Por seu lado, o Pentágono disse que aproximadamente mais 20 mil afegãos estão em centros de trânsito em países do Médio Oriente e cerca de 23 mil em bases militares em sete países europeus.

Price adiantou também que 4.500 cidadãos norte-americanos já regressaram ao país, como parte do esforço de evacuação, e reconheceu que cerca de 100 permanecem no Afeganistão.

Os Estados Unidos completaram a retirada das suas tropas do Afeganistão a 31 de Agosto, após 20 anos de guerra.

A administração do Presidente, Joe Biden, tem sido amplamente criticada por republicanos e veteranos por “deixar para trás” norte-americanos e pela forma como lidou com a retirada, tendo-se assistido a cenas caóticas no aeroporto de Cabul.

O Secretário da Defesa, Lloyd Austin, admitiu na quarta-feira que está ciente de que estes têm sido dias difíceis para muitos, referindo-se à morte de 13 soldados na quinta-feira da semana passada num ataque do grupo terrorista Daesh-K ao aeroporto da capital, que também causou dezenas de mortos e feridos entre os afegãos.