Uma história libanesa entre a terra e o cosmos

A realizadora Chloe Mazlo inspirou-se na história da sua avó, uma suíça que emigrou para o Líbano nos anos 1950.

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Uma história do Médio Oriente nas últimas décadas do século XX, abordada a partir de memórias familiares

Primeira longa-metragem de Chloe Mazlo, realizadora oriunda do cinema de animação, Os Céus do Líbano lida com a história do Médio Oriente nas últimas décadas do século XX, abordada a partir de memórias familiares. A personagem principal (interpretada por Alba Rohrwacher) é inspirada na história da avó de Mazlo, uma mulher suíça que nos anos 50 emigrou para o Líbano, e viveu a transformação do país de pequeno paraíso à beira-mar em grande inferno consumido pela Guerra Civil. Contar essa transformação, a partir da observação das convulsões que ela provoca num reduto familiar (a casa da família protagonista é o espaço central do filme), é o cerne de Os Céus do Líbano, filme que está sempre entre uma atmosfera sonhadora, nostálgica, a fantasiar com o cosmos (a personagem que está no lugar do avô de Mazlo trabalha na indústria aeroespacial), e o avanço deprimente da realidade.

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Primeira longa-metragem de Chloe Mazlo, realizadora oriunda do cinema de animação, Os Céus do Líbano lida com a história do Médio Oriente nas últimas décadas do século XX, abordada a partir de memórias familiares. A personagem principal (interpretada por Alba Rohrwacher) é inspirada na história da avó de Mazlo, uma mulher suíça que nos anos 50 emigrou para o Líbano, e viveu a transformação do país de pequeno paraíso à beira-mar em grande inferno consumido pela Guerra Civil. Contar essa transformação, a partir da observação das convulsões que ela provoca num reduto familiar (a casa da família protagonista é o espaço central do filme), é o cerne de Os Céus do Líbano, filme que está sempre entre uma atmosfera sonhadora, nostálgica, a fantasiar com o cosmos (a personagem que está no lugar do avô de Mazlo trabalha na indústria aeroespacial), e o avanço deprimente da realidade.