Chanel compra campos de jasmim para proteger o famoso nº 5

O grupo francês de luxo anunciou que comprou mais dez hectares de terreno, acrescentando-os aos 20 hectares que já explora em parceria com uma família local perto da cidade de Grasse, conhecida pelos seus campos de flores.

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Com receio do desaparecimento das plantações de flores usadas nos seus perfumes mais vendidos, a empresa de moda e beleza Chanel comprou mais terras no sul da França para garantir que flores como o jasmim e outras variedades, continuam a ser produzidas para depois serem colhidas à mão, num delicado ritual todos os anos.

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Com receio do desaparecimento das plantações de flores usadas nos seus perfumes mais vendidos, a empresa de moda e beleza Chanel comprou mais terras no sul da França para garantir que flores como o jasmim e outras variedades, continuam a ser produzidas para depois serem colhidas à mão, num delicado ritual todos os anos.

O grupo francês de luxo anunciou que comprou mais dez hectares de terreno, acrescentando-os aos 20 hectares que já explora em parceria com uma família local perto da cidade de Grasse, conhecida pelos seus campos de flores.

Numa manhã ensolarada, neste final de Agosto, antes que o calor atingisse o pico, dezenas de trabalhadores estavam ocupados com a colheita de jasmim deste ano, o ingrediente chave para o perfume Chanel nº 5, que já celebrou o seu 100.º aniversário, a fragância criada por Coco Chanel.

No final dos anos 1980, a Chanel fechou um acordo com a família Mul para produzir na região cinco flores na região. Então, alguns produtores locais começaram a vender as suas terras, uma vez que a zona fica perto de Nice e da chamada Riviera Francesa, atraídos pelos negócios imobiliários. “Houve um tempo em que havia uma ameaça porque a produção de jasmim começou a deslocar para outros países”, recorda Olivier Polge, que seguiu os passos do seu pai e é o perfumista chefe da Chanel, desde 2013.

O jasmim cultivado em Grasse tem um perfume específico. A região tornou-se um centro de flores e fragrâncias no século XVII, quando os curtidores de couro locais começaram a perfumar os seus produtos.

Fabrice Bianchi, que dirige a produção da família Mul, informa que as operações não foram afectadas pela pandemia de covid-19, uma vez que os apanhadores de flores trabalham ao ao ar livre.