Clubes portugueses são os que mais lucram com transferências internacionais
Entre 2011 e 2020, Portugal apresenta um saldo líquido positivo de mais de 2,5 mil milhões de euros.
Portugal é o país que mais lucra com transferências internacionais no mercado de jogadores de futebol, com Sporting, Benfica e FC Porto como os melhores, realça um relatório publicado nesta segunda-feira pela FIFA. O estudo, que assinala os 10 anos do Transfer Matching System (TMS), dedicado ao registo de transacções internacionais de atletas, compreende o período entre 2011 e 2020.
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Portugal é o país que mais lucra com transferências internacionais no mercado de jogadores de futebol, com Sporting, Benfica e FC Porto como os melhores, realça um relatório publicado nesta segunda-feira pela FIFA. O estudo, que assinala os 10 anos do Transfer Matching System (TMS), dedicado ao registo de transacções internacionais de atletas, compreende o período entre 2011 e 2020.
Nesse intervalo temporal, Portugal apresenta um saldo líquido positivo de quase três mil milhões de dólares (mais de 2,5 mil milhões de euros), o melhor de todas as associações do organismo de cúpula do futebol mundial. Para isso contribui o facto de o pódio de clubes com o melhor saldo estar ocupado em pleno por portugueses, com o Sporting em primeiro, o Benfica em segundo e o FC Porto em terceiro, a que se junta o Sp. Braga, no 14.º lugar.
Em contraste, Inglaterra apresenta um prejuízo líquido acima dos sete mil milhões de dólares (quase seis mil milhões de euros), também por ser o país mais gastador do mundo: 12,4 mil milhões de dólares.
Portugal, com um total de 4.397 entradas e 4.152 saídas, com 172 clubes nacionais diferentes envolvidos, é “apenas” o oitavo país que mais gasta com transferências, com 1,3 mil milhões de dólares nos últimos 10 anos, mas é dos que fazem mais dinheiro com vendas.
Regista o quarto valor mais elevado recebido em transacções de jogadores, de 4,3 mil milhões de dólares (cerca de 3,6 mil milhões de euros) - mais, só Espanha (6,2 mil milhões de dólares), Inglaterra (5,2 mil milhões) e França (4,9 mil milhões).
De resto, a nacionalidade portuguesa é a quinta que move mais dinheiro, com 2,855 mil milhões de dólares, cerca de 2,45 mil milhões de euros nos últimos 10 anos, e 44% das verbas pagas por transferências foram-no por jogadores brasileiros, franceses, espanhóis, argentinos e lusos.
O Brasil ocupa o topo desta cadeia (sete mil milhões de dólares), com França em segundo (4,5 mil milhões de dólares), Espanha em terceiro (3,7 mil milhões) e Argentina em quarto (3,2 mil milhões).
Os portugueses são a 12.ª nacionalidade mais “transaccionada”, com 2.598 transferências registadas, numa tabela encimada, sem surpresa, pelos brasileiros, com 15.128 negócios.
Benfica no pódio dos empréstimos
A tabela dos 30 clubes mais gastadores neste período inclui apenas emblemas europeus, dois deles portugueses, o Benfica, com 167 contratações, 55,7% envolvendo uma verba, e o FC Porto, com 166, 51,8% com verba associada.
Por outro lado, as “águias” conseguiram 311 vendas ou empréstimos, com 48,2% dos negócios a envolverem uma verba recebida, a mesma percentagem das 226 saídas do Sporting, enquanto os “dragões” têm uma taxa superior de conversão, 53,1%, de 224 negócios.
O Sporting de Braga tem 154 saídas, 32,2% delas com uma verba associada, e 173 entradas, 35,8% delas envolvendo um pagamento.
Os “encarnados” são o terceiro clube com mais saídas por empréstimo - foram 189 nos últimos 10 anos; os “azuis e brancos” (135) são oitavos e os “leões” (130) nonos, com os minhotos (103) no 16.º posto.
Com cerca de 4.400 entradas, atrás apenas do Brasil (6,2 mil) e Inglaterra (4,6 mil), Portugal é o terceiro país com mais contratações internacionais, e o quinto com mais saídas, cerca de 4.200, quase o dobro das 2.500 transferências globais a envolverem jogadores portugueses.
O fluxo de transacções mais frequente no mundo é Brasil-Portugal (1.556 transferências) e Portugal-Brasil é o terceiro (934), enquanto Portugal-Espanha regista 316 negócios.
Portugal também aparece, como país vendedor, nos “caminhos” mais rentáveis, nas vendas para Inglaterra, Espanha e França, mas em nenhum como comprador, e é o quarto país que mais gasta dinheiro com intermediários: 375,6 milhões de dólares, cerca de 319 milhões de euros.