“Se tivermos cem pessoas aqui por dia, são cem momentos em que não estão na rua”

Primeira sala de consumo vigiado fixa abriu há três meses em Lisboa, 20 anos depois de a lei passar a prever estas instalações. O processo foi moroso, mas a adesão tem sido “bastante significativa”.

Fotogaleria

A V. o espaço já não lhe é estranho. Afinal, por ali passa todos os dias pelo menos três vezes – “às vezes mais” – sempre que sente necessidade de consumir. Acabara de sair da sala das drogas injectáveis, uma das vias que apresenta maior risco de overdose, mas também de propagação de doenças infecciosas, sobretudo se houver partilha de seringas e de outros materiais. Estamos na Quinta do Loureiro, dentro do bairro municipal construído depois da demolição das barracas da colina do antigo Casal Ventoso. É um local onde se convive com a droga há largas décadas e, por isso mesmo, lugar óbvio para a instalação da primeira sala de consumo vigiado fixa do país, vulgarmente conhecida por sala de chuto.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A V. o espaço já não lhe é estranho. Afinal, por ali passa todos os dias pelo menos três vezes – “às vezes mais” – sempre que sente necessidade de consumir. Acabara de sair da sala das drogas injectáveis, uma das vias que apresenta maior risco de overdose, mas também de propagação de doenças infecciosas, sobretudo se houver partilha de seringas e de outros materiais. Estamos na Quinta do Loureiro, dentro do bairro municipal construído depois da demolição das barracas da colina do antigo Casal Ventoso. É um local onde se convive com a droga há largas décadas e, por isso mesmo, lugar óbvio para a instalação da primeira sala de consumo vigiado fixa do país, vulgarmente conhecida por sala de chuto.