“Arte sonora, ecologia e cultura auditiva”: cinco anos do festival Lisboa Soa reunidos em livro
Festival Lisboa Soa não acontecerá este ano no formato habitual de quatro dias. A 19 de Setembro, será lançado um livro a partir de entrevistas e do universo de arte sonora apresentado ao longo de cinco anos de programação.
Desde 2016, o festival Lisboa Soa tem trazido anualmente à cidade quatro dias de experiências sonoras para despertar os ouvidos na despedida do Verão. Este ano, pela primeira vez, o ritual será diferente, sintetizado no lançamento do livro Arte Sonora, Ecologia e Cultura Auditiva - Lisboa Soa 2016-2020, a 19 de Setembro. “Nesta não-edição do festival, decidimo-nos a trabalhar a memória, mas com os ouvidos postos no futuro”, lê-se na apresentação do evento.
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Desde 2016, o festival Lisboa Soa tem trazido anualmente à cidade quatro dias de experiências sonoras para despertar os ouvidos na despedida do Verão. Este ano, pela primeira vez, o ritual será diferente, sintetizado no lançamento do livro Arte Sonora, Ecologia e Cultura Auditiva - Lisboa Soa 2016-2020, a 19 de Setembro. “Nesta não-edição do festival, decidimo-nos a trabalhar a memória, mas com os ouvidos postos no futuro”, lê-se na apresentação do evento.
A publicação permite “fixar no tempo uma história de exploração e descoberta sónica, de pensamento teórico sobre som, ecologia e arte”, diz ao PÚBLICO Raquel Castro, directora artística do Lisboa Soa. “Ao mesmo tempo que celebra estes cinco anos do festival, permite-lhe perdurar para lá dos habituais quatro dias.”
O livro reúne uma série de entrevistas feitas ao longo dos anos, incluindo nomes como Chris Watson, Leah Barclay, Jez riley French, Mileece, e ainda Hildegard Westerkamp e Barry Truax, dois dos fundadores do World Soundscape Project. A publicação reúne ainda referências do universo de arte sonora, em particular das instalações apresentadas ao longo de cinco edições do festival.
Arte Sonora, Ecologia e Cultura Auditiva - Lisboa Soa 2016-2020, uma edição bilingue em português e inglês, tem lançamento marcado para 19 de Setembro, na fortificação do Castelejo, no Castelo de S. Jorge, num evento que contará com “sessões de escuta” e um concerto em que os artistas convidados irão “entrar em diálogo” com os sons que foram registados no Lisboa Soa, “remisturando-os, reinterpretando-os e adicionando outros significados”, lê-se na apresentação do livro enviada ao PÚBLICO.
No ano passado, depois de a cidade redescobrir (ainda que apenas temporariamente) um certo silêncio durante o período mais duro de confinamento, a quinta edição do Lisboa Soa integrou a programação da Lisboa Capital Verde. Apesar do contexto de pandemia, foi possível organizar “a maior edição de sempre do festival em termos de número de propostas artísticas”, com instalações, performances, workshops e soundwalks, explica ao PÚBLICO Raquel Castro.
“Depois de cinco edições, e apesar de sabermos que muito está ainda por vir, sentimos que é importante olhar para trás e permitir-nos o tempo necessário à reflexão sobre os caminhos percorridos e os que interessam fazer”, lê-se no texto de apresentação do evento. “Entendemos o Lisboa Soa como parte de um todo que se compõe de investigação, escuta e exploração.”