Fim de semana de liberdade no Verão de 71
Nos festivais de Vilar de Mouros e de Cascais foram ampliadas as condições para a rápida aproximação a uma cultura internacional democrática e libertária que oferecia outros modos de ler o mundo e de nele habitar.
No começo do verão de 1971, para um rapaz de 17 anos, entusiasta da música moderna transmitida pelo programa Em Órbita e dos horizontes mais livres que ela deixava imaginar, mas confinado à pacatez e à repetição dos dias numa pequena vila do interior do tempo da ditadura, a hipótese de ir a um festival para jovens levantava alguns problemas, mas era um desafio irrecusável. Precisava programar a ida até uma região desconhecida, e também de ajustar uma desculpa para a saída que impedisse os pais de suspeitar das suas intenções. O que se esperava acontecer, todavia, lembrava-lhe de tal forma os épicos eventos de Woodstock, em agosto de 1969, e da ilha de Wight, no ano seguinte, que não podia ignorar o desafio.
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No começo do verão de 1971, para um rapaz de 17 anos, entusiasta da música moderna transmitida pelo programa Em Órbita e dos horizontes mais livres que ela deixava imaginar, mas confinado à pacatez e à repetição dos dias numa pequena vila do interior do tempo da ditadura, a hipótese de ir a um festival para jovens levantava alguns problemas, mas era um desafio irrecusável. Precisava programar a ida até uma região desconhecida, e também de ajustar uma desculpa para a saída que impedisse os pais de suspeitar das suas intenções. O que se esperava acontecer, todavia, lembrava-lhe de tal forma os épicos eventos de Woodstock, em agosto de 1969, e da ilha de Wight, no ano seguinte, que não podia ignorar o desafio.