A sensação de apagamento é tal que Liv Strömquist (Lund, Suécia, 1978) achou necessário levantar a questão: “O que é aquilo a que chamamos órgão genital feminino?” E de explicar que compreende três partes: 1) a parte exterior, a vulva; 2) a abertura que liga a parte exterior à anterior, a vagina; 3) as partes internas, não visíveis de fora, o colo do útero, o útero e os ovários. Quem negará que as partes visíveis raramente aparecem nas representações do corpo feminino? E que o termo vulva nem sequer faz parte de linguagem corrente? “No meu tempo, dizíamos ‘naquele sítio’ ou ‘ali em baixo’”, lê-se numa das tiras. “Acho uma expressão muito boa, ‘ali em baixo’.”
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