Telmo Pinão diz que diploma é “um rebuçadinho” que se junta ao recorde nacional

Telmo Pinão concluiu a prova em 4.03,192 minutos, marca que lhe permitiu retirar mais de quatro segundos ao seu próprio recorde nacional e que o deixou bastante satisfeito.

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Telmo Pinão concluiu a prova em 4.03,192 minutos, menos quatro segundos que o seu recorde nacional LUSA/Miguel A. Lopes

O ciclista Telmo Pinão considerou esta quinta-feira que o diploma conquistado nos 3000 metros de perseguição individual C dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 é “um rebuçadinho”, que se junta ao recorde nacional e que o deixa ainda mais feliz.

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O ciclista Telmo Pinão considerou esta quinta-feira que o diploma conquistado nos 3000 metros de perseguição individual C dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020 é “um rebuçadinho”, que se junta ao recorde nacional e que o deixa ainda mais feliz.

“Sinto-me feliz com o que fiz, o diploma é mais um rebuçadinho que me cai no colo assim de repente, mas tudo isto é fruto de um trabalho de anos e, sobretudo, desta época”, afirmou Pinão, pouco depois de ter subido do nono para o oitavo lugar, na sequência da desclassificação de um ciclista belga.

Ewoud Vromant, que tinha conseguido o melhor tempo na eliminatória, com a marca de 3.30,290 minutos, que seria novo recorde do mundo, foi desqualificado por irregularidades na bicicleta, permitindo ao ciclista português entrar no grupo dos oito primeiros classificados.

Telmo Pinão concluiu a prova em 4.03,192 minutos, marca que lhe permitiu retirar mais de quatro segundos ao seu próprio recorde nacional (4.07,911) e que o deixou bastante satisfeito.

“Tirar aqui quatro segundos ao recorde nacional é muito bom, é perfeitamente divinal”, disse o ciclista, de 41 anos, admitindo que se antes da prova lhe dissessem que iria melhorar a marca em um segundo “já ficava muito contente”.

Pinão, que se tornou no primeiro ciclista português a competir na variante de pista em Jogos Paralímpicos, afirmou que “não é fácil retirar tanto tempo ao recorde nacional” e lembrou que desde 2019 que não treina em pista.

O ciclista natural de Coimbra disse que se inscreveu na prova de pista “à última hora”, reconhecendo como “óptimo” o resultado conseguido esta quinta-feira no Velódromo de Izu e fruto de um trabalho de 12 anos, que se intensificou nos últimos sete.

“Ando aqui há 12 anos, mas só em 2014 comecei no Alto Rendimento. É óptimo, sinto que mereço este lugar”, afirmou o ciclista, que não tem parte da perna esquerda.

Durante a eliminatória, na qual os quatro melhores garantiram acesso à luta pelas medalhas, o recorde do mundo foi batido três vezes, a última das quais pelo Vromant, mas a desclassificação do belga anulou a marca.

O novo recordista do mundo é o francês Alexandre Laute, que marcou 3.31,817, pouco depois de o japonês Shota Kawamoto ter cronometrado 3.36,117.

Na final, Laute assegurou a medalha de ouro, impondo-se ao australiano Darren Hicks, que ficou com a prata.