Dois erros de palmatória afundaram o Santa Clara
Derrota por 2-0 na Sérvia, diante do Partizan, afastou os açorianos da Liga Conferência. Resultado ficou fechado em três minutos.
O curtíssimo intervalo entre os minutos 25 e 27 do jogo desta quinta-feira, em Belgrado, acabou por ser fatal para as ambições do Santa Clara. A um passo de entrar na fase final da recém-criada Liga Conferência, à equipa açoriana bastou um par de momentos de desnorte para sofrer, diante do Partizan (2-0), uma derrota que liquidou o sonho europeu.
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O curtíssimo intervalo entre os minutos 25 e 27 do jogo desta quinta-feira, em Belgrado, acabou por ser fatal para as ambições do Santa Clara. A um passo de entrar na fase final da recém-criada Liga Conferência, à equipa açoriana bastou um par de momentos de desnorte para sofrer, diante do Partizan (2-0), uma derrota que liquidou o sonho europeu.
Os insulares chegaram à Sérvia com o magro conforto de um golo de vantagem alcançado na primeira mão da derradeira pré-eliminatória da prova (2-1) e já sem poderem contar com o melhor marcador e a referência no ataque, Carlos Júnior, transferido para a Arábia Saudita. Em 4x2x3x1, com Bouldini (ex-Académica) como jogador mais adiantado, o Santa Clara foi conseguindo controlar as operações e manter o adversário à distância.
Uma perda de bola a meio-campo, porém, seria suficiente para precipitar a derrocada. Markovic fez um passe em profundidade, o experiente Mikel Villanueva foi imprudente a tentar proteger a bola e o árbitro assinalou grande penalidade. Ricardo Gomes, cabo-verdiano que já passou por Vizela, V. Guimarães e Nacional, encarregou-se da marcação da falta e inaugurou o marcador.
A eliminatória estava igualada, mas não seria por muito tempo. Dois minutos depois, Marco, guarda-redes de 34 anos, calculou mal o timing de saída e facilitou o 2-0 ao Partizan, na sequência de um canto — o central Sanicanin só teve de empurrar de cabeça, para a baliza.
Mesmo sem subir muito o ritmo, o Santa Clara conseguiu ter mais bola e cercar a área adversária durante alguns períodos, em posse (terminou o jogo com 56% contra 44%), mas faltou-lhe objectividade no último terço. Um problema que nem as entradas de Cryzan (59’) e Rui Costa (66’) atenuaram.
Com um plantel curto para um ciclo de jogos tão intenso neste arranque de temporada, o Santa Clara já não conseguiu reentrar na eliminatória e despede-se, em Belgrado, de uma competição na qual deixou excelentes impressões. E que poderia ter resolvido nos Açores.