O magnífico tulipeiro da Casa das Artes do Porto vai ser árvore de interesse público
Exemplar icónico de Liriodendron tulipifera L., nos jardins traseiros da Casa Allen, entrou na lista do arvoredo em vias de classificação, o que o protege automaticamente.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) incluiu o tulipeiro-da-virgínia, existente nos Jardins da Casa Allen, junto à Casa das Artes, na lista do arvoredo em vias de classificação de interesse público, informou esta terça-feira a Direcção Regional de Cultura do Norte. O organismo, que tem instalações nesta propriedade, assinala que com este passo, segundo a legislação em vigor, o icónico exemplar da espécie Liriodendron tulipifera L. encontra-se “automaticamente protegido”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) incluiu o tulipeiro-da-virgínia, existente nos Jardins da Casa Allen, junto à Casa das Artes, na lista do arvoredo em vias de classificação de interesse público, informou esta terça-feira a Direcção Regional de Cultura do Norte. O organismo, que tem instalações nesta propriedade, assinala que com este passo, segundo a legislação em vigor, o icónico exemplar da espécie Liriodendron tulipifera L. encontra-se “automaticamente protegido”.
São vários os critérios apontados pelo ICNF para justificar a proposta de classificação deste tulipeiro-da-virgínia: “Trata-se de uma árvore imponente com 7,75 metros de perímetro na base, 31 metros de altura total e 29 metros de diâmetro médio da copa que., nota a Instituição, “Apresenta uma arquitectura natural e equilibrada, uma copa frondosa e com a singularidade de alguns dos seus ramos inferiores descerem até ao solo, no qual poisam, crescendo horizontalmente”. Para além disso, acrescenta, tem “elevado valor visual pela sua dimensão, forma e invulgaridade das suas folhas e flores e adiciona valor cénico ao jardim e ao Palacete do Visconde de Villar de Allen”.
A Casa Allen, actualmente afecta à Direcção Regional de Cultura do Norte, “foi mandada construir, nos últimos anos da década de 1920, pelo 3º Visconde de Villar d'Allen para sua residência, coincidindo com uma época em que o Porto assistia ao surgimento de uma série de palacetes, que imprimiram à cidade uma marca burguesa”, lembra este organismo do Ministério da Cultura. “O projecto para a casa de habitação de Joaquim Ayres de Gouveia Allen, engenheiro de formação e cônsul da Bélgica no Porto, foi concebido pelo arquitecto José Marques da Silva (1869-1947)”, assinala ainda.
Com influências diversas, os jardins, que aproveitam três frentes da casa, evocam, nas traseiras, o ambiente romântico dos jardins ingleses, no qual os braços deste tulipeiro, apontando ao chão, se destacam. Ali ao lado, em 1991, foi construída a Casa das Artes, com projecto de Eduardo Souto de Moura.