Estação do Hospital de São João encerra quatro meses para aumentar frequência da linha Amarela
Veículos passam a conseguir inverter a marcha no final da linha. No início do ano nascerá uma nova interface e serão construídas duas novas lojas Andante.
Daqui a seis meses, a linha amarela do Metro do Porto, junto à estação do Hospital de São João, terá a sua interface intermodal renovada. A obra está orçada em três milhões de euros, prevê novas zonas cobertas e ainda duas novas lojas Andante e um novo espaço para os funcionários da empresa, para substituir a sala improvisada que lá existe agora. A empreitada com duração de seis meses implicará restrições no troço entre o término Norte da linha e o Pólo Universitário durante pelo menos quatro meses. Mas quando os trabalhos estiverem terminados, o serviço poderá ganhar outro fôlego, pois passa a ser possível aumentar em 50% a frequência de passagem dos veículos naquela zona da rede.
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Daqui a seis meses, a linha amarela do Metro do Porto, junto à estação do Hospital de São João, terá a sua interface intermodal renovada. A obra está orçada em três milhões de euros, prevê novas zonas cobertas e ainda duas novas lojas Andante e um novo espaço para os funcionários da empresa, para substituir a sala improvisada que lá existe agora. A empreitada com duração de seis meses implicará restrições no troço entre o término Norte da linha e o Pólo Universitário durante pelo menos quatro meses. Mas quando os trabalhos estiverem terminados, o serviço poderá ganhar outro fôlego, pois passa a ser possível aumentar em 50% a frequência de passagem dos veículos naquela zona da rede.
A obra, que inclui uma intervenção na infra-estrutura, vai permitir resolver um problema de raiz, que remonta à construção da linha, que ali, onde termina, nunca teve, até agora, condições para as composições poderem fazer inversão de marcha. A celeuma criada há cerca de 15 anos em torno do projecto original para aquela zona, que gerou muitos protestos, implicou a alteração do projecto original, mas a empreitada que agora se inicia não o vai recuperar na totalidade. Inicialmente previa-se a construção de uma estação junto à porta de entrada do edifício do hospital, ideia que enfrentou a oposição de várias entidades como a Faculdade de Medicina do Porto, a Escola de Enfermagem do Porto e de uma comissão composta por médicos e dirigentes de organizações profissionais do São João. O que existe no terreno foi uma solução de recurso.
Linha com mais procura na rede
Não se retoma o projecto original, adianta a mesma fonte, mas criar-se-ão agora “melhores condições de comodidade para utentes e funcionários”. Porém, a estação “continuará no mesmo sítio”. Por outro lado, será finalmente possível manobrar os veículos de forma a usarem as duas linhas em simultâneo - o que até hoje nunca aconteceu. Com isso, estarão criadas as condições para um aumento da oferta nesta linha usada por 30% dos utilizadores de toda a rede, podendo passar “dos actuais 11 para uns futuros 16 veículos por hora” em cada um dos sentidos, permitindo frequências que podem, no seu melhor, chegar a um veículo a cada três minutos. Segundo a empresa não há datas definidas para esse reforço, mas, face ao crescimento da procura nos últimos anos, ele pode ser disponibilizado a qualquer momento nesta que, no extremo sul, vai crescer até Vila D’Este, em Gaia.
Mas este, segundo a empresa, é apenas um dos “dois níveis” desta empreitada cujo orçamento será dividido entre o Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Acção Climática, no âmbito do PEES (Programa de Estabilização Económica e Social), e pela autarquia. O segundo nível do projecto de arquitectura assinado por Adalberto Dias inclui uma nova interface em torno do Estação do Hospital São João com uma Loja Andante, uma cafetaria e melhorias na ligação entre a Linha Amarela e os autocarros da STCP. O espaço para os clientes será coberto, assim como a nova estrutura que nascerá para servir os trabalhadores dos diversos operadores de transportes, que há muito usam as instalações provisórias ali instaladas.
No Pólo Universitário, também será construída uma nova Loja Andante, também com cafetaria, na alameda situada entre os acessos à Estação de Metro e próximo à entrada principal do I3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde. Estima-se serem necessários mais dois meses de obras para este segundo lanço. Ao todo serão cerca de seis meses de trabalhos. A partir da manhã deste Domingo, a Linha Amarela passará a ter serviço apenas até à Estação IPO. Durante os próximos quatro meses os veículos que circulam neste eixo terminarão o serviço a Norte na Estação IPO (com uma frequência de 12 minutos em dias úteis) e na Estação Pólo Universitário (com uma frequência de 6 minutos).
Ainda nesta linha, a empresa adianta ainda que já no próximo fim-de-semana, em curtos períodos, a Linha Amarela estará condicionada, no términos Sul, “entre a meia-noite e a 1h30 de sábado e entre as 23h do mesmo dia e as 10h do dia seguinte não haverá serviço na Estação de Santo Ovídio”. A operação far-se-á, em Gaia, apenas até à Estação D. João II.