Final do Euro 2020 terá provocado 5700 casos de covid-19
Autoridades de saúde britânicas falam num desfecho único, num torneio de características especiais. Eventos-teste na Fórmula 1 e no ténis tiveram resultados bem mais encorajadores.
A final do Euro 2020, entre Itália e Inglaterra, no dia 11 de Julho, foi um evento de forte disseminação (um “superspreader") do novo coronavírus na zona de Londres, de acordo com informação oficial divulgada na sexta-feira à noite. As autoridades de saúde britânica adiantam que 2295 pessoas terão sido alvo de contágio, com mais 3404 potencialmente afectados.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A final do Euro 2020, entre Itália e Inglaterra, no dia 11 de Julho, foi um evento de forte disseminação (um “superspreader") do novo coronavírus na zona de Londres, de acordo com informação oficial divulgada na sexta-feira à noite. As autoridades de saúde britânica adiantam que 2295 pessoas terão sido alvo de contágio, com mais 3404 potencialmente afectados.
O jogo contou com cerca de 67.000 espectadores nas bancadas, num ambiente de euforia provocado pela longa ausência da selecção inglesa de uma final de uma competição internacional. “O Europeu foi uma ocasião única e é improvável que voltemos a assistir a um impacto semelhante de casos de covid-19 em eventos futuros”, explicou Jenifer Smith, director da Public Health England, em comunicado.
“Os dados mostram quão fácil é a transmissão do vírus quando existe um contacto próximo e isto deve ser um alerta para todos nós, à medida que tentamos voltar cautelosamente à normalidade”, acrescentou.
Outros eventos-teste, realizados nos últimos meses, mostraram muito menos casos positivos, ficando dentro ou acima da média nacional. O Grande Prémio de Fórmula 1, em Silverstone, em Julho, atraiu cerca de 350 mil pessoas ao longo de três dias e foram registados 585 casos. O torneio de ténis de Wimbledon, com 300 mil adeptos ao longo de duas semanas, deu origem a 881 casos.
“Mostrámos que podemos voltar a organizar eventos desportivos e culturais de massas de forma segura, mas é importante que as pessoas se mantenham cautelosas quando se cruzam em zonas muito povoadas”, apontou o ministro da Cultura britânico, Oliver Dowden.
“Para que possamos manter a época de futebol, os teatros e os concertos seguros, com multidões neste Inverno, desafio os fãs de desporto e da cultura a serem vacinados, porque é a forma mais segura para podermos relançar os grandes eventos”, concluiu.