STCP abriu processo de averiguações a incidentes na greve de dia 13

Paralisação, que esta sexta-feira voltou a acontecer, até às 2h de sábado, foi convocada por um dos sindicatos que representa trabalhadores da empresa.

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Greve começou a 13 de Agosto, repetiu-se esta sexta-feira e volta a acontecer a 26 e 27 deste mês Paulo Pimenta

A administração da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto disse hoje à Lusa que mandou investigar os incidentes que marcaram a greve de dia 13 de Agosto. “Iniciou-se um processo de averiguações face às ocorrências verificadas na semana passada, que dará origem, se for esse o caso, às consequentes responsabilizações”, esclarece à administração da empresa em comunicado. Para a STCP, “importa assegurar que o exercício do direito à greve respeite igualmente o direito a trabalhar, sem coacções e sem medo. Do mesmo modo, devem repudiar-se sabotagens e danos ao material circulante”.

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A administração da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto disse hoje à Lusa que mandou investigar os incidentes que marcaram a greve de dia 13 de Agosto. “Iniciou-se um processo de averiguações face às ocorrências verificadas na semana passada, que dará origem, se for esse o caso, às consequentes responsabilizações”, esclarece à administração da empresa em comunicado. Para a STCP, “importa assegurar que o exercício do direito à greve respeite igualmente o direito a trabalhar, sem coacções e sem medo. Do mesmo modo, devem repudiar-se sabotagens e danos ao material circulante”.

O Sindicato dos Transportes Rodoviários Urbanos do Norte (STRUN) desvalorizou, em declarações à Lusa, os incidentes que marcaram a greve de há uma semana na Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), negando propósitos de impedir o trabalho de motoristas não aderentes à paralisação. “Aconteceu só um acidente em que o motorista “atirou” o autocarro para cima de outro colega. O resto foi com a polícia, má compreensão da polícia. Houve alguma pressão por parte dos trabalhadores para entrarem nas instalações, até para usarem as instalações sanitárias, como sempre aconteceu em anteriores greves, e a polícia entendeu que aquilo era para não deixar o pessoal trabalhar”, relatou o dirigente sindical José Manuel Silva.

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A PSP informou ter sido chamada a intervir na sexta-feira, 13 de Agosto, em incidentes separados junto a duas estações de recolha da STCP, no Porto, envolvendo motoristas em greve que não quereriam deixar sair autocarros conduzidos por não aderentes à paralisação. O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Transportes Rodoviários Urbanos do Norte para os dias 13, 20, 26 e 27, deste mês, para exigir um aumento salarial superior aos 15 euros propostos pela empresa. Os trabalhadores consideram a proposta “insuficiente, porque não responde à questão central que é a desvalorização do salário dos trabalhadores relativamente ao salário mínimo nacional e à probabilidade do aumento da inflação”.

Questionada pela Lusa, a administração da STCP esclareceu esta sexta-feira que foi acordada uma tabela salarial para 2021 com os quatro sindicatos que representam 87% dos trabalhadores sindicalizados da empresa (SNM, STTAMP, SMTP e SITRA), através da subscrição de um Memorando de Entendimento, e que faz parte do processo de recuperação salarial que teve início em 2018. “A STCP e os quatro sindicatos em questão entendem este aumento salarial como intercalar e integrado no referido processo de recuperação. Para o ano de 2022 está desde já estabelecido um calendário negocial, que terá início em 1 de Setembro próximo”, sustenta.

A administração da operadora de transportes urbanos do Porto acrescenta que o STRUN, representante de uma percentagem menor de trabalhadores, recusou em Julho este acordo e apresentou os pré-avisos de greve na STCP para os dias 13, 20, 26 e 27 de agosto. O protesto que hoje se iniciou, de novo, às 00h00, terminando às 2h de sábado, está a registar uma adesão de “cerca de 80%”, segundo o coordenador do STRUN.