Sondagem dá SPD a dois pontos da CDU e um ponto à frente dos Verdes
Subida lenta dos sociais-democratas é a tendência das mais recentes sondagens. Falta pouco mais de um mês para as legislativas na Alemanha.
As eleições alemãs estão cada vez mais disputadas: na mais recente sondagem do instituto Forsa, o Partido Social-Democrata (SPD) continua em tendência de subida, com 21%, e os democratas-cristãos de Armin Laschet (União-CDU e CSU) mantém-se nos 23%. Os Verdes surgem nesta sondagem com 20%.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As eleições alemãs estão cada vez mais disputadas: na mais recente sondagem do instituto Forsa, o Partido Social-Democrata (SPD) continua em tendência de subida, com 21%, e os democratas-cristãos de Armin Laschet (União-CDU e CSU) mantém-se nos 23%. Os Verdes surgem nesta sondagem com 20%.
O SPD tem tido uma subida lenta, mas marcada, enquanto a CDU tem vindo a descer, e os Verdes vinham a manter-se estáveis após uma descida após o pico de Maio, que se seguiu à apresentação da candidatura de Annalena Baerbock, em que chegaram a superar os democratas-cristãos.
Após as cheias que afectaram os estados da Renânia do Norte-Vestefália e Renânia-Palatinado, a CDU/CSU tem vindo a descer e apesar de se ter especulado que os Verdes poderiam subir, isso não aconteceu de modo notório. Em vez disso, tem sido o SPD a registar um aumento nas intenções de voto, talvez impulsionado pelo início da campanha assente na imagem da figura segura do ministro das Finanças, Olaf Scholz.
Os sociais-democratas não estavam tão próximos dos democratas-cristãos numa sondagem deste instituto desde Março de 2017, nota o próprio Forsa. Esse valor mais alto do SPD registou-se no pico do “efeito Schulz”, quando foi anunciado que o então presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz era o candidato social-democrata a chanceler – um efeito muito grande nas sondagens, mas também muito fugaz. Nada que se possa comparar com a situação actual, já que o efeito Schulz aconteceu em Fevereiro/Março, cerca de meio ano antes das eleições (em que o SPD obteve 20,5%, o pior resultado do partido no pós-guerra).
Quem parece estar perto de sofrer o seu pior resultado nestas eleições é mesmo a CDU/CSU, que até Fevereiro vinha de meses seguidos de uns estáveis 35% para começar a cair e nos últimos meses oscilar entre 25% e quase 30%.
Ainda segundo esta sondagem, o Partido Liberal-Democrata (FDP) está com 12%, mantendo a sua posição, o partido nacionalista AfD (Alternativa para a Alemanha) aparece com 10% e Die Linke (a Esquerda) com 6%.
Esta sondagem, nota o diário Tagesspiegel, tornaria mais previsível um chanceler da CDU ou do SPD – e já não dos Verdes, fazendo com que esta hipótese pareça menos provável do que nos últimos meses.
Também uma potencial coligação CDU-Verdes, que vinha a ser tida como um dos resultados mais prováveis, começa a parecer mais distante, e abrem-se mais hipóteses de coligações a três, conhecidas pelas combinações de cores dos partidos, preto para a CDU, vermelho para o SPD, amarelo para os Liberais, e verde para o partido ecologista.
Em termos puramente matemáticos, seria maioritária uma coligação que juntasse CDU, SPD e FDP (a coligação actual de bloco central, chamada “grande coligação”, com CDU e SPD, juntando ainda os liberais), chamada “coligação Alemanha”(preto/vermelho/amarelo). Ou ainda a que a esta distância é apontada como a coligação mais provável, entre CDU, Verdes e liberais, a chamada “coligação Jamaica” (preto/verde/amarelo), que foi tentada após as últimas legislativas e falhou após a saída dos liberais das negociações.
Finalmente, surge ainda uma coligação juntando SPD, Verdes e liberais, a chamada “coligação semáforo” (vermelho/amarelo/verde). Além destas hipóteses, esta sondagem dá ainda uma maioria mínima a uma coligação SPD-Verdes-Esquerda, uma coligação que é apenas conhecida como vermelho-vermelho-verde.