“Se te lembras de Woodstock, então é porque não estiveste lá”, reza a velha piada sobre a fundação do mito da contra-cultura americana que foi o festival de Woodstock. Mas, às tantas, nesse mesmo Verão de 1969, e durante muito mais do que os três dias de Agosto do festival contra-cultural de Saugerties, houve um outro evento fundacional que teve lugar em pleno centro de Nova Iorque, com entrada gratuita, num parque público, com o apoio da câmara municipal, ao longo de seis semanas, entre Junho e Agosto. Quanto a esse evento, o Festival Cultural do Harlem, diz às tantas alguém em Summer of Soul, “terei eu sonhado a sua existência?” Porque esse “Woodstock negro” pode ter ficado na memória pessoal de quem assistiu; mas desapareceu da memória colectiva, apesar de, tal como o “Woodstock branco”, ter sido um evento de “paz, amor e música”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
“Se te lembras de Woodstock, então é porque não estiveste lá”, reza a velha piada sobre a fundação do mito da contra-cultura americana que foi o festival de Woodstock. Mas, às tantas, nesse mesmo Verão de 1969, e durante muito mais do que os três dias de Agosto do festival contra-cultural de Saugerties, houve um outro evento fundacional que teve lugar em pleno centro de Nova Iorque, com entrada gratuita, num parque público, com o apoio da câmara municipal, ao longo de seis semanas, entre Junho e Agosto. Quanto a esse evento, o Festival Cultural do Harlem, diz às tantas alguém em Summer of Soul, “terei eu sonhado a sua existência?” Porque esse “Woodstock negro” pode ter ficado na memória pessoal de quem assistiu; mas desapareceu da memória colectiva, apesar de, tal como o “Woodstock branco”, ter sido um evento de “paz, amor e música”.