Bob Dylan processado por alegado abuso sexual de rapariga de 12 anos nos anos 1960
Mulher acusa o cantautor de a ter sedado com álcool e drogas durante semanas em 1965. “Esta alegação com 56 anos é falsa e será vigorosamente defendida”, diz porta-voz de Dylan.
Uma mulher apenas identificada pelas iniciais J.C. processou judicialmente o cantautor folk Bob Dylan alegando que ele abusou sexualmente dela depois de lhe ter dado drogas e álcool em 1965, quando ela tinha 12 anos.
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Uma mulher apenas identificada pelas iniciais J.C. processou judicialmente o cantautor folk Bob Dylan alegando que ele abusou sexualmente dela depois de lhe ter dado drogas e álcool em 1965, quando ela tinha 12 anos.
Um porta-voz de Dylan, que hoje tem 80 anos, diz que as alegações são falsas. “Esta alegação com 56 anos é falsa e será vigorosamente defendida”, diz o porta-voz.
Num processo cível que deu entrada ao final do dia de sexta-feira no Supremo Tribunal de Nova Iorque, a mulher identificada apenas como J.C. disse que Dylan abusou sexualmente dela no seu apartamento de Nova Iorque ao longo de seis semanas “deixando-a até hoje emocionalmente marcada e danificada psicologicamente”.
Dylan, que na altura estava na casa dos 20 anos, “aproveitou-se do seu estatuto como músico para dar álcool e drogas a J.C. e abusar sexualmente dela várias vezes”, diz o processo. A queixosa pede uma indemnização que não é especificada. O processo foi apresentado no limite de um prazo legal em vigor em Nova Iorque, que foi estabelecido por uma nova lei em 2019, e que permite apresentar processos de abuso sexual de crianças por mais tempo - anteriormente, os prazos ditariam que tais alegações prescreviam.
Bob Dylan, saído da cena folk de Greenwich Village (Nova Iorque) no início dos anos 1960, tornou-se um dos artistas mais influentes e aclamados já da era rock com temas como Blowin’ in the Wind e Like a Rolling Stone. Já vendeu mais de 125 milhões de álbuns em todo o mundo e recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 2016.