Países ocidentais exigem passagem aberta no Afeganistão para saída de estrangeiros

Numa declaração conjunta, mais de 60 países dizem que estão preparados para “prestar assistência” ao povo afegão.

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Chegada de milhares de pessoas ao aeroporto de Cabul, no domingo, depois da entrada dos taliban na capital afegã Reuters/JAWAD SUKHANYAR

Mais de 60 países, incluindo Portugal, emitiram uma declaração conjunta a dizer que os afegãos e os cidadãos internacionais que desejam abandonar o Afeganistão devem ter autorização para partir, e que os aeroportos e as fronteiras terrestres devem permanecer abertos.

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Mais de 60 países, incluindo Portugal, emitiram uma declaração conjunta a dizer que os afegãos e os cidadãos internacionais que desejam abandonar o Afeganistão devem ter autorização para partir, e que os aeroportos e as fronteiras terrestres devem permanecer abertos.

“Quem está numa posição de poder e de autoridade em todo o Afeganistão tem responsabilidade pela protecção da vida humana e da propriedade, e pelo restabelecimento imediato da segurança e da ordem civil”, dizem os países, segundo uma informação avançada pelo Departamento de Estado norte-americano.

“O povo afegão merece viver em segurança, com protecção e dignidade. Nós, da comunidade internacional, estamos prontos a prestar-lhes assistência”.

Os taliban declararam que a guerra no Afeganistão acabou, depois de os insurgentes terem assumido o controlo do palácio presidencial, em Cabul, ao mesmo tempo que as nações ocidentais tentavam, na segunda-feira, repatriar milhares dos seus cidadãos.

O Pentágono autorizou o envio de mais mil soldados para ajudar a repatriar os cidadãos dos EUA e os afegãos que trabalharam para os norte-americanos, depois de Washington ter dito que assumiria o controlo do tráfego aéreo para facilitar a partida de milhares de pessoas.

Uma declaração conjunta do Departamento de Estado norte-americano e do Pentágono, depois de os taliban terem entrado na capital afegã, confirmou que os Estados Unidos “vão expandir”, nas próximas 48 horas, “a presença de segurança para quase 6000 soldados, com uma missão focada exclusivamente em facilitar esses esforços e assumir o controlo do tráfego aéreo. “

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse no Twitter que “os Estados Unidos unem-se à comunidade internacional ao afirmar que os afegãos e os cidadãos internacionais que desejam partir devem ter permissão para fazê-lo. Estradas, aeroportos e fronteiras terrestres devem permanecer abertos e a calma deve ser mantida”.