Ana Pessoa, António Pinto Ribeiro e Nuno Júdice na Feira do Livro de Bogotá
O poeta Nuno Júdice vai explicar o que têm Os Lusíadas de especial para continuarem a fascinar sucessivas gerações de autores quase meio milénio depois de Camões ter publicado a sua epopeia, e o curdaor e ensaísta António Pinto Ribeiro irá falar da descolonização dos museus.
Ana Pessoa, António Pinto Ribeiro e Nuno Júdice estão entre os 95 escritores convidados da 33.ª edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo), que está a decorrer em formato digital até ao dia 22 de Agosto.
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Ana Pessoa, António Pinto Ribeiro e Nuno Júdice estão entre os 95 escritores convidados da 33.ª edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo), que está a decorrer em formato digital até ao dia 22 de Agosto.
Organizada pela Câmara Colombiana do Livro e pelo centro de convenções Corferias, a edição deste ano da FILBo, que tem a Suécia como país convidado, abriu portas no dia 6 e conta com escritores como o espanhol Arturo Pérez-Reverte ou a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, segundo a informação disponível no site do evento.
Na quarta-feira, dia 18, o poeta, ensaísta e romancista Nuno Júdice participará numa conversa com o poeta e ensaísta colombiano John Galán Casanova em torno de Os Lusíadas. Durante a conversa, Nuno Júdice, vencedor do Prémio Rainha Sofia de Poesia Latino-americana, explica porque é que a epopeia camoniana, que celebra em breve 450 anos, continua a magnetizar as novas gerações de escritores.
No sábado, o curador e ensaísta português António Pinto Ribeiro participará numa conversa subordinada ao tema “é possível descolonizar museus?”.
“Os museus ou são pós-coloniais ou não são nada” foi a frase de partida de António Pinto Ribeiro para uma palestra no VIII Encontro Iberoamericano de Museus, em 2014, no qual expôs as suas ideias sobre “o processo a que as instituições se submetem para alargar as suas perspectivas para além das do grupo cultural dominante, particularmente os colonizadores brancos”.
Através de uma releitura das colecções dos museus ocidentais, muitos deles constituídos quando o mundo ainda estava dividido em impérios coloniais, o crítico português apresentará na FILBo a sua visão de para onde os curadores e as instituições a seu cargo deveriam estar a dirigir-se.
A escritora Ana Pessoa teve a sua participação no evento já no dia 13, tendo falado sobre “a procura de um lugar no mundo”, a partir de alguns dos livros juvenis de que é autora, como O Caderno Vermelho da Rapariga Karateca ou Mary John.
A FILBo, uma referência entre as feiras do livro da América Latina, teve a sua edição de 2020 adiada, acontecendo este ano em formato digital, e dispondo de uma plataforma que reúne toda a sua programação cultural, académica e profissional. Essas actividades ficarão disponíveis no site e nas páginas das redes sociais da feira.