Pornhub retira recriações eróticas de obras do Louvre, dos Uffizi e do Prado

Queixas de museus europeus levaram o site de pornografia a retirar alguns vídeos, mas os seus Nus Clássicos continuam a mostrar manipulações de obras-primas de outras colecções.

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Um dos vídeos do Pornhub baseou-se neste nu masculino de Edgar Degas

Na sequência de queixas de alguns museus europeus, como o Louvre, em Paris, ou a Galeria dos Uffizi, em Florença, que acusaram o Pornhub de uso indevido de obras-primas das suas colecções, o site para adultos retirou alguns dos vídeos e visitas digitais disponíveis no seu menu de Nus Clássicos, criado no mês passado para assinalar a reabertura dos museus após a pandemia, e que mostra recriações pornográficas de nus célebres da história da pintura, como A Origem do Mundo, de Gustave Courbet,  A Odalisca Morena, de François Boucher, ou a pintura inacabada Nu Masculino, de Edgar Degas. 

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Na sequência de queixas de alguns museus europeus, como o Louvre, em Paris, ou a Galeria dos Uffizi, em Florença, que acusaram o Pornhub de uso indevido de obras-primas das suas colecções, o site para adultos retirou alguns dos vídeos e visitas digitais disponíveis no seu menu de Nus Clássicos, criado no mês passado para assinalar a reabertura dos museus após a pandemia, e que mostra recriações pornográficas de nus célebres da história da pintura, como A Origem do Mundo, de Gustave Courbet,  A Odalisca Morena, de François Boucher, ou a pintura inacabada Nu Masculino, de Edgar Degas. 

O portal de conteúdos pornográficos, anuncia esta sexta-feira o site The Art Newspaper, retirou visitas a obras manipuladas dos museus do Louvre, em Paris, dos Uffizi, em Florença, ou do Prado, em Madrid, mas manteve outras baseadas em pinturas do Musée d’Orsay, também em Paris, da National Gallery, em Londres, ou do Metropolitan Museum of Art, vulgo Met, em Nova Iorque.

A oposição mais determinada aos Nus Clássicos do Pornhub veio da Galeria dos Uffizi, que considerou esta utilização não autorizada das suas pinturas “totalmente ilegal”. A equipa jurídica do museu florentino rapidamente esboçou uma queixa, exigindo a imediata retirada dos materiais pornográficos baseados em obras da sua colecção.

Outras instituições optaram por estratégias diferentes. “Não tomaremos nenhuma medida que, directa ou indirectamente, possa chamar a atenção para este projecto”, afirmou a National Gallery. E um porta-voz do Met esclareceu: “O programa de acesso livre do museu disponibiliza centenas de milhares de obras da nossa colecção, e por norma não procuramos regular a diversificada gama de utilizações que lhes é dada”.

O Pornhub mantém também uma visita digital a obras de museus de todo o mundo, que, afirma o site, “retrata uma variedade de culturas, temas e perspectivas que não estão amplamente representadas na arte ocidental”. Ainda que as instituições não sejam citadas, o percurso inclui Betsabé no Banho, de Artemisia Gentileschi (Neues Palais, Potsdam, Alemanha); Africano de Pé, de Edvard Munch (Stenersen Museum, Oslo, Noruega); Marte e Vénus, de Lavinia Fontana (Fundación Casa de Alba, Madrid, Espanha); Dança da Almeh, de Jean-Léon Gérôme (Dayton Art Institute, Ohio, Estados Unidos) e Banho Mouro, do mesmo artista (Museum of Fine Arts, Boston, Estados Unidos); O Derrubador Brasileiro, de Almeida Júnior (Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Brasil); Moema, de Victor Meirelles (Museu de Arte de São Paulo, Brasil) ou ainda Aïcha, de Felix Valloton (Hamburger Kunsthalle, Alemanha).