Sem qualquer sobressalto, Benfica apura-se para o play-off

Tal como tinha acontecido na semana passada em Moscovo, as “águias” foram superiores ao Spartak Moscovo e venceram, por 2-0, com golos de João Mário e do defesa francês Samuel Gigot na própria baliza.

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Yaremchuk e João Mário festejam o segundo golo do Benfica LUSA/MIGUEL A. LOPES

Com muito mais facilidade do que se esperava quando foi realizado o sorteio para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o Benfica está apurado para o play-off de acesso à fase de grupos da Champions, onde terá, em teoria, um rival mais exigente: o PSV Eindhoven. Nesta terça-feira, no Estádio da Luz, os “encarnados” entraram numa posição cómoda após uma vitória por 2-0 em Moscovo, mas a falta de ambição do Spartak tornou ainda mais simples o apuramento das “águias”.

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Com muito mais facilidade do que se esperava quando foi realizado o sorteio para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, o Benfica está apurado para o play-off de acesso à fase de grupos da Champions, onde terá, em teoria, um rival mais exigente: o PSV Eindhoven. Nesta terça-feira, no Estádio da Luz, os “encarnados” entraram numa posição cómoda após uma vitória por 2-0 em Moscovo, mas a falta de ambição do Spartak tornou ainda mais simples o apuramento das “águias”.

Numa partida com oportunidades e qualidade futebolista a menos, o domínio benfiquista foi premiado com golos de João Mário e do defesa francês Samuel Gigot na própria baliza, em novo triunfo por 2-0 de Jorge Jesus no duelo com Rui Vitória.

Com uma vitória que pecou por escassa em Moscovo e um triunfo sofrido, mas com alguma gestão pelo meio, em Moreira de Cónegos, a segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões confirmou que Jorge Jesus irá colocar neste mês de Agosto todas as fichas nas eliminatórias de acesso à Champions.

Mantendo intocável o 3x4x3, que parece ser o “plano A” a nível táctico do treinador benfiquista, Jesus recuperou os principais trunfos que tinham ficado de fora na estreia na I Liga - Grimaldo, Weigl, João Mário, Pizzi e Rafa -, e, como se esperava, no segundo round com Rui Vitória apostou na mesma equipa que tinha iniciado o duelo da semana passada na capital da Rússia, com apenas uma alteração: lesionado em Moscovo, Seferovic continuou de fora e Gonçalo Ramos foi titular pela segunda vez consecutiva.

Ao contrário do arranque de época do Benfica, o Spartak está a ter um início de temporada conturbado – duas derrotas nas três primeiras jornadas do campeonato russo -, antes de regressar à Luz, Rui Vitória tinha sublinhado que faltava ao clube moscovita “dar uma resposta mais eficaz na Liga dos Campeões”. O jogo em Lisboa reforçou que este Spartak é uma equipa demasiado débil para garantir um lugar na elite do futebol europeu.

Mesmo estando obrigado a marcar dois golos, Rui Vitória deixou de fora dois dos seus avançados mais categorizados - Aleksandr Sobolev e Victor Moses -, apostando num 4x3x3 que tinha como jogador mais adiantado o argentino Ezequiel Ponce, mas a postura da equipa russa foi uma réplica do que já se tinha visto em Moscovo: sem procurar ter a iniciativa, o Spartak deu a bola ao Benfica e ficou na expectativa. Para uma equipa que tinha dois golos de vantagem, essa foi uma boa notícia.

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Sem ter que correr qualquer tipo de risco, as “águias” foram jogando com o cronómetro desde o início, fazendo a gestão do tempo com a bola a correr quase sempre controlada nos pés de benfiquistas. Se para Jesus e para os adeptos “encarnados” isso resultou num jogo sem grandes acelerações cardíacas, para a qualidade do jogo a falta de ambição e de intensidade russa foi a pior notícia.

De sentido quase único e com o Spartak a parecer estar a fazer um “frete” na Luz, o jogo revelou-se pouco mais do que um “treino activo” para o Benfica. Assim, sem surpresa, a primeira parte terminou com 70% de posse de bola para as “águias”, nenhuma oportunidade de golo e um “zero” no marcador para as duas equipas que encaixava na perfeição no filme dos primeiros 45 minutos.

Ao intervalo, gerindo a condição física de um dos jogadores que esteve no Europeu, Jesus trocou Vertonghen pelo brasileiro Morato, mas, sem que Vitória arriscasse um milímetro, a tendência do jogo manteve-se.

Num ritmo sempre baixo, a partida continuou sem oportunidades, mas, com o Benfica por cima, o golo acabou por penalizar a falta de ambição russa: aos 58’, após uma boa iniciativa de Rafa e um cruzamento de Diogo Gonçalves, João Mário aproveitou um ressalto e rematou para o fundo da baliza do Spartak. Ao fim de apenas 148 minutos, o internacional português estreava-se a marcar pelo Benfica.

Com o apuramento (ainda) mais perto, Jesus aproveitou para fazer de imediato uma dupla substituição. Para além de trocar Pizzi por Everton, o técnico não desperdiçou a oportunidade de estrear um dos principais reforços dos benfiquistas: Roman Yaremchuk.

O possante avançando esteve em campo a partir do minuto 65, mas o Spartak manteve a postura de quem nada tinha a ganhar na partida e, sem que o Benfica tivesse qualquer interesse em aumentar as rotações do jogo, as oportunidades continuaram a ser uma raridade, dando poucas possibilidades do ucraniano se mostrar.

No entanto, já no período de descontos, Yaremchuk encontrou espaço na área dos russos e rematou à baliza, com o defesa francês Gigot a desviar para o fundo da sua baliza.

O apuramento, no entanto, já estava mais do que conseguido pelo Benfica. Segue-se o PSV, equipa que tem um currículo de respeito esta época: quatro jogos e quatro vitórias; 11-2 em golos.