Padre encontrado morto com sinais de violência no Oeste de França
Suspeito da morte é o mesmo que confessou ter incendiado a catedral de Nantes em Julho do ano passado e que estava em liberdade vigiada.
Um padre foi encontrado morto com sinais de violência na localidade francesa de Saint-Laurent-sur-Sèvre, no Oeste de França, e as autoridades investigam uma pessoa que também é suspeita no incêndio na catedral de Nantes há um ano.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Um padre foi encontrado morto com sinais de violência na localidade francesa de Saint-Laurent-sur-Sèvre, no Oeste de França, e as autoridades investigam uma pessoa que também é suspeita no incêndio na catedral de Nantes há um ano.
A diocese e a gendarmeria locais confirmaram os factos e o ministro do Interior, Gérald Darmanin, referiu-se ao assunto: “Todo o meu apoio aos católicos do nosso país depois do dramático assassínio de um padre em Vendeia”, afirmou no Twitter. O ministro garantiu que iria visitar o local.
Segundo a Franceinfo, um homem de origem ruandesa entregou-se à polícia em Mortagne-sur-Sèvre. Seria a mesma pessoa que foi acusada de provocar um incêndio na catedral de Nantes em Julho de 2020 e que permanecia em liberdade vigiada desde então.
A líder da União Nacional, Marine Le Pen, deu por adquirido o vínculo entre os dois acontecimentos e lamentou que um imigrante suspeito possa “reincidir” antes de ser expulso do país.
“O que acontece no nosso país é uma de gravidade sem precedentes: é o fracasso completo do Estado”, criticou a líder da extrema-direita no Twitter.
Darmanin respondeu a Le Pen também no Twitter, falando em “indignidade”, porque em vez de oferecer os seus pêsames, preferiu polemizar “sem conhecer os factos”.
O ministro explicou que não se podia deportar um suspeito, apesar de haver uma ordem pendente para esse efeito, exactamente porque estava sobre controlo judicial até ser julgado pelo incêndio na catedral de Nantes.