Polícia e manifestantes pró-democracia envolvem-se em confrontos na Tailândia

Manifestantes criticam combate à pandemia de covid-19 e reforma no sistema político e da monarquia da Tailândia.

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Manifestação contra o Governo na capital da Tailândia NARONG SANGNAK/EPA

A polícia tailandesa disparou este sábado gás lacrimogéneo e balas de borracha contra várias centenas de manifestantes pró-democracia reunidos em Banguecoque para exigir uma reforma política e melhor gestão da pandemia de covid-19. Agentes e manifestantes envolveram-se em confrontos na capital da Tailândia.

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A polícia tailandesa disparou este sábado gás lacrimogéneo e balas de borracha contra várias centenas de manifestantes pró-democracia reunidos em Banguecoque para exigir uma reforma política e melhor gestão da pandemia de covid-19. Agentes e manifestantes envolveram-se em confrontos na capital da Tailândia.

“Governo assassino” ou “demissão” foram algumas críticas que se liam nos cartazes dos manifestantes, no dia em que se assinalam 22 mil pessoas novos casos e 212 mortes, o que constitui um recorde.

Os manifestantes criticam a campanha de vacinação – até agora apenas 4,5 milhões dos 70 milhões de tailandeses receberam as duas doses da vacina.

Nat, um manifestantes de 27 anos, disse à AFP que os tailandeses devem, ainda assim, “continuar a lutar, apesar da epidemia”.

O movimento pró-democracia exige a renúncia do chefe do Governo, Prayuth Chan-ocha – que assumiu o cargo após um golpe de Estado em 2014 e que foi legitimado cinco anos depois numa eleições envoltas em polémica – e uma profunda reforma da monarquia.

No topo das reivindicações está a abolição do artigo que pune com 15 anos de prisão quem difamar, criticar e insultar o rei e a sua família.

Mais de 110 pessoas foram indiciadas com base neste artigo nos últimos meses.

No ano passado, no auge do movimento pró-democracia, dezenas de milhares de manifestantes marcharam pelas ruas da capital tailandesa.

Nos últimos meses os protestos enfraqueceram devido à resposta das autoridades judiciais e à pandemia de covid-19, mas ainda são organizadas manifestações esporadicamente.