Brasil é bicampeão olímpico de futebol

Com um golo no prolongamento, a selecção brasileira derrotou a Espanha e revalidou o título de futebol nos Jogos Olímpicos.

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Reuters

Dezanove anos depois de derrotar em Yokohama a Alemanha e vencer o Campeonato do Mundo de futebol, o Brasil voltou a conquistar um grande troféu internacional da modalidade na cidade japonesa a Sul de Tóquio. Na final olímpica de futebol, o duelo entre os brasileiros e a Espanha apenas foi decidido no prolongamento, mas um golo de Malcom garantiu aos brasileiros a conquista pela segunda vez consecutiva da medalha de ouro no torneio olímpico de futebol.

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Dezanove anos depois de derrotar em Yokohama a Alemanha e vencer o Campeonato do Mundo de futebol, o Brasil voltou a conquistar um grande troféu internacional da modalidade na cidade japonesa a Sul de Tóquio. Na final olímpica de futebol, o duelo entre os brasileiros e a Espanha apenas foi decidido no prolongamento, mas um golo de Malcom garantiu aos brasileiros a conquista pela segunda vez consecutiva da medalha de ouro no torneio olímpico de futebol.

O Brasil teve que esperar 62 anos desde a sua primeira participação num torneio olímpico de futebol para conquistar uma medalha de ouro na modalidade, mas parece ter-lhe tomado o gosto. Cinco anos depois de derrotar no desempate por grandes penalidades a Alemanha no Estádio do Maracanã com uma equipa onde jogavam Marquinhos, Neymar, Gabriel Jesus e Gabriel Barbosa, os brasileiros voltaram a empatar a um golo no tempo regulamentar da final olímpica. Porém, desta vez, tendo a Espanha como adversária, os sul-americanos venceram o braço de ferro com europeus sem terem que recorrerem à “lotaria” dos penáltis. Com a sétima medalha de ouro conquistada pelo Brasil em Tóquio, a selecção masculina de futebol entrou para o restrito grupo de bicampeões olímpicos, onde já estavam mais dois países da América do Sul: Uruguai (1924 e 1928) e Argentina (em 2008 e 2012).

No Nissan Stadium, os 45 minutos iniciais foram tensos e equilibrados. A Espanha começou com ligeiro ascendente, mas o Brasil aos poucos foi equilibrando a balança e podia ter-se colocado na frente do marcador aos 38’: após um livre, o guarda-redes basco Unai Simón, titular da Espanha no Euro 2020, saiu da sua baliza de forma atabalhoada e atropelou Matheus Cunha. Após revisão do VAR, foi assinalada grande penalidade, mas Richarlison falhou.

Apesar do desperdício, os brasileiros conseguiram chegar ao intervalo em vantagem. No período de descontos da primeira parte, Matheus Cunha aproveitou um erro da defesa espanhola, o sector mais frágil da equipa comandada por Luis De la Fuente, para inaugurar o marcador. 

Moralizado pela vantagem, o Brasil regressou dos balneários melhor e teve duas boas oportunidades para voltar a marcar. Todavia, após os sustos, a Espanha recompôs-se, assumiu o controlo, e foi premiada aos 61’: Gil combinou com Soler, que cruzou para Oyarzabal. Nas costas de Daniel Alves, o avançado da Real Sociedad, que também esteve no Euro 2020, rematou de primeira, não dando hipóteses de defesa a Santos.

Até final dos 90 minutos, “la roja” continuou melhor e acertou por duas bolas nos “ferros” da baliza brasileira, mas o empate persistiu até o fim, levando o jogo para o prolongamento.

Aí, André Jardine mexeu pela primeira vez na sua equipa e o seleccionador brasileiro acabou por ser feliz. Malcom entrou no lugar de Matheus Cunha e o avançado do Zenit, convocado a poucos dias do início do torneio para substituir o lesionado Douglas Augusto, decidiu a final olímpica: aos 108’, um erro de Jesus Vallejo foi bem aproveitado pelo jogador formado no Corinthians, que fez o 2-1 final, reeditando a conquista do ouro no futebol pelos brasileiros.