Festival Periferias apresenta cerca de 30 filmes no Alentejo e Extremadura espanhola
Castelo, ruínas romanas, pontes medievais ou antigas estações de comboios servirão de pano de fundo a este festival que cruza fronteiras, mostrando a recente cinematografia dos dois países.
Cerca de 30 filmes ibéricos vão passar pelo 9.º Periferias - Festival Internacional de Cinema de Marvão e Valencia de Alcántara (Espanha), que arranca no próximo dia 13, divulgou hoje a organização. O festival, promovido pela Associação Cultural Periferias (Portugal) e Gato Pardo (Espanha), vai decorrer até ao 20 deste mês, sendo desenvolvido no “habitual modelo de itinerância por aldeias e lugares emblemáticos” da zona raiana entre Marvão (Portalegre) e Valencia de Alcântara (Extremadura espanhola).
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Cerca de 30 filmes ibéricos vão passar pelo 9.º Periferias - Festival Internacional de Cinema de Marvão e Valencia de Alcántara (Espanha), que arranca no próximo dia 13, divulgou hoje a organização. O festival, promovido pela Associação Cultural Periferias (Portugal) e Gato Pardo (Espanha), vai decorrer até ao 20 deste mês, sendo desenvolvido no “habitual modelo de itinerância por aldeias e lugares emblemáticos” da zona raiana entre Marvão (Portalegre) e Valencia de Alcântara (Extremadura espanhola).
O evento conta com o apoio de entidades dos dois países, como a Câmara de Marvão, Direcção Regional de Cultura do Alentejo, Ayuntamiento de Valencia de Alcántara, Junta de Extremadura ou Diputación de Cáceres, entre outras. Os filmes programados vão ser exibidos em “castelos, ruínas históricas de um passado romano, pontes medievais, antigas estações de comboio e remotos lugares de fronteira”, explicou hoje o município alentejano, em comunicado enviado à agência Lusa.
A edição deste ano inclui “novos palcos”, tanto do lado espanhol, em Herrera e San Vicente de Alcântara, como do lado português, na localidade fronteiriça do Marco (Arronches). Estes locais que recebem a “visita” do festival, este ano, juntam-se assim, do lado português, a Marvão, Portagem, Beirã e a cidade romana de Ammaia, enquanto, do lado espanhol, o evento regressa a Valencia de Alcántara, Fontañera, Zarza la Mayor e Malpartida de Cáceres.
De acordo com os promotores, esta será a primeira edição em que as sessões presenciais serão “integralmente preenchidas” com obras de cineastas dos dois países vizinhos. Surdina, de Rodrigo Areias, Labirinto da Saudade e José e Pilar, de Miguel Gonçalves Mendes, Mar Infinito, de Carlos Amaral, ou O Movimento das Coisas, de Manuela Serra, são algumas das propostas de filmes portugueses. Além disso, vão também ser exibidas obras como Amor Fati, de Cláudia Varejão, Alma de um Ciclista, de Nuno Tavares, e Bossa Negra do realizador luso-brasileiro Rafael Gomes da Silva (Rafaê).
Em, representação da produção espanhola, destaque para a apresentação de obras de Ainhoa Rodríguez, com o filme Destello Bravio, Nuria Giménez Lorang, com My Mexican Bretzel, ou Juan Antonio Moreno Amador, com Bienvenidos a España. Meseta, de Juan Palácios, Limbo, La Promesa Olvidada e Los Mensajes Ocultos de Ganga, de Antonio Rodrigo, e Antonio Machado, Los Días Azules, de Laura Hojman, são mais algumas das “películas” do outro lado da fronteira.
A par de sessões nocturnas ao livre, estão previstas algumas sessões em sala, a realizar no auditório dos Olhos d"Água, em Marvão, e online, através da plataforma Filmin, no âmbito de uma colaboração com os festivais da rede Ventana/Janela AAA, disse a organização. O festival tem ainda para oferecer actividades paralelas, que incluem passeios pedestres, exposições, palestras, música e encontros com realizadores. O encerramento vai ter lugar em Espanha, em Malpartida de Cáceres, no Museu Vostell, onde vai ser anunciado o filme vencedor do prémio do público Tajo-Tejo Internacional.