Na Cochinchina, sem nada para fazer
Há quase uma semana que o viajante vai ali ter todos os dias à tarde, quando dentro de si uma voz lembra que chegou a hora de nada ter para fazer. É uma espécie de abracadabra que parece pôr a vida a começar: a partir daí marimba-se para as horas que faltam seja para o que for.
O viajante nada tem para fazer. Andou pela cidade, foi espreitar o movimento na estação ferroviária, um pagode, dois ou três becos sem saída, as muralhas da cidadela, as montanhas lá ao fundo depois da curva do rio. Disse ao tempo que não o incomodasse e marimbou-se para as horas que faltavam fosse para o que fosse. Andou ao acaso um bom pedaço de tempo, seguindo a vertigem de bicicletas e motoretas, e acabou por ir ter, após umas tantas voltas, à rua Bên Nghé, o que sempre acontecia quando não tinha nada que fazer.
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O viajante nada tem para fazer. Andou pela cidade, foi espreitar o movimento na estação ferroviária, um pagode, dois ou três becos sem saída, as muralhas da cidadela, as montanhas lá ao fundo depois da curva do rio. Disse ao tempo que não o incomodasse e marimbou-se para as horas que faltavam fosse para o que fosse. Andou ao acaso um bom pedaço de tempo, seguindo a vertigem de bicicletas e motoretas, e acabou por ir ter, após umas tantas voltas, à rua Bên Nghé, o que sempre acontecia quando não tinha nada que fazer.