Farmácias já fizeram mais de 547 mil testes rápidos à covid-19 gratuitos
São testes realizados ao abrigo de protocolos assinados com várias autarquias, as regiões autónomas da Madeira e dos Açores e com o SNS.
As farmácias já fizeram até ao momento mais de 547 mil testes rápidos de antigénio gratuitos, segundo dados enviados ao PÚBLICO pela Associação Nacional de Farmácias (ANF). São testes realizados ao abrigo de protocolos assinados com várias autarquias, as regiões autónomas da Madeira e dos Açores e com o SNS.
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As farmácias já fizeram até ao momento mais de 547 mil testes rápidos de antigénio gratuitos, segundo dados enviados ao PÚBLICO pela Associação Nacional de Farmácias (ANF). São testes realizados ao abrigo de protocolos assinados com várias autarquias, as regiões autónomas da Madeira e dos Açores e com o SNS.
Os números são um acumulado desde o início dos protocolos até ao final de Julho. O primeiro a ser assinado foi com a Câmara Municipal de Lisboa, a 31 de Março, seguindo-se a região Autónoma da Madeira, a 23 de Abril. Desde então, as farmácias já assinaram protocolos com as câmaras de Oeiras, Amadora, Odivelas, Lagoa, Portimão e com a Região Autónoma dos Açores. Por teste, as farmácias recebem 15 euros.
Iniciativas que permitem aos residentes e não só – por exemplo, Lisboa alargou o protocolo a pessoas que não vivem no município de forma a mitigar ao aumento de casos que registou a partir de Maio – fazerem um teste rápido na farmácia sem custos. Segundo os dados da ANF, as farmácias suas associadas realizaram ao abrigo destes acordos 431.927 testes rápidos.
Mais recente é o protocolo assinado com o Estado e que permite a realização de um máximo de quatro de testes rápidos gratuitos por mês por utente. A comparticipação não se aplica aos utentes que têm o certificado de vacinação completa com mais de 14 dias ou o certificado de recuperação, nem aos menores de 12 anos. O protocolo com o SNS arrancou a 1 de Julho, tendo as farmácias realizado 115.189 testes rápidos de antigénio ao abrigo deste acordo. O Estado paga às farmácias 10 euros por teste.
Em meados de Julho, numa entrevista ao PÚBLICO, a presidente da ANF, Ema Paulino, disse que “o aumento da testagem tem sido exponencial, quer pela subida da procura, quer pelo aumento do número de farmácias que fazem este serviço”. Nessa altura, referiu que, no âmbito das várias parcerias, só nos primeiros 12 dias de Julho tinham-se realizado perto de 88 mil testes nas farmácias.
474 farmácias com protocolo com o SNS
“As medidas de incentivo e promoção da testagem têm um impacto positivo na motivação das pessoas para se testarem”, responde agora a ANF, referindo que a testagem frequente “é uma das medidas mais eficazes no controlo da pandemia” e que “a generalidade dos cidadãos já compreendeu a importância da testagem para a salvaguarda da sua própria saúde e da saúde de familiares e amigos”. Quanto ao número de farmácias com protocolos, afirma que “o número cresce todos os dias”.
“À data, existem 474 farmácias aderentes à convenção com o SNS e 250 as farmácias aderentes a programas locais de testagem, que se encontram em vigor na sua área geográfica, promovidos pelos governos regionais dos Açores e da Madeira, e diversas autarquias”, explica a associação. A este número juntam-se também farmácias que não tendo protocolos realizam testes rápidos de antigénio, fazendo ascender a “mais de 1000” as farmácias que fazem testagem à covid-19.
A testagem massiva, a par da emissão dos certificados digitais, tem sido uma das apostas do Governo para o controlo de novos casos de infecção. Neste último processo de desconfinamento, aumentou a lista de espaços em que a apresentação do teste negativo é obrigatória para entrar. O que também tem elevado a uma maior procura. Sobre o tempo de espera, a ANF diz que “varia ligeiramente entre diferentes farmácias” e acrescenta que “a rede de farmácias está a garantir um enorme aumento da capacidade de testagem em Portugal”.
Mas a pressão tem sido grande e está a levar as farmácias a reforçar os recursos humanos “de uma forma sem precedentes em tão curto espaço de tempo”. “As farmácias estão a alocar cada vez mais farmacêuticos. Também estão a contratar enfermeiros para prestar este serviço”, diz a ANF, que refere que a procura por autotestes – estes são realizados pelo próprio e não por um profissional fora do local de compra – também tem crescido.