Pedro Pablo Pichardo conquista ouro em Tóquio

O atleta português dominou a final olímpica do triplo salto, conquistando a quarta medalha para Portugal. Estes já são os melhores Jogos de sempre para as cores portuguesas.

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Pedro Pablo Pichardo é o novo campeão olímpico do triplo salto. O saltador luso-cubano dominou a final desta quinta-feira, nunca cedendo a primeira posição do concurso - qualquer um dos seus saltos válidos teria dado para conquistar o ouro, com o melhor a chegar ao terceiro ensaio, 17,98m, novo recorde de Portugal.

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Pedro Pablo Pichardo é o novo campeão olímpico do triplo salto. O saltador luso-cubano dominou a final desta quinta-feira, nunca cedendo a primeira posição do concurso - qualquer um dos seus saltos válidos teria dado para conquistar o ouro, com o melhor a chegar ao terceiro ensaio, 17,98m, novo recorde de Portugal.

Este é o primeiro grande título de Pichardo numa competição mundial, ele que compete por Portugal desde 2019 depois de ter optado por sair de Cuba para poder ser treinado pelo pai, Jorge Peralta. Ainda por Cuba, Pichardo já havia sido vice-campeão mundial por duas vezes (2013 e 2015), mas nunca tinha participado em Jogos Olímpicos.

Este é o quinto título olímpico para Portugal e continuam a ser todos no atletismo. Carlos Lopes começou a colheita do ouro em Los Angeles 1984, na maratona, a mesma prova que Rosa Mota venceu, quatro anos depois, em Seul. Fernanda Ribeiro venceu os 10.000m em Atlanta 1996 e, em Pequim 2008, foi Nelson Évora a triunfar no triplo.

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JOSÉ COELHO/LUSA

E esta medalha faz com que estes Jogos japoneses sejam os melhores de sempre em termos de posições de pódio. O máximo que Portugal tinha conseguido eram três medalhas (em Los Angeles 1984 e Atenas 2004), mas em Tóquio já vai em quatro, com o ouro de Pichardo, a prata de Patrícia Mamona (atletismo, triplo salto), e os bronzes de Jorge Fonseca (judo) e Fernando Pimenta (canoagem).

Em mais uma manhã quente e húmida em Tóquio, Pichardo foi dominador do primeiro ao último ensaio e ninguém entre os 12 finalistas se aproximou dele. Numa final que não tinha Christian Taylor, o grande dominador da disciplina nos últimos anos (bicampeão olímpico e tetracampeão mundial), Pichardo marcou 17,61m nos dois primeiros saltos e disparou para 17,98m no terceiro - que é recorde português, mas não recorde pessoal para ele, ainda com 18,08m que valem como recorde cubano.

Depois, fez um nulo à quarta tentativa, com uma pequena ferida num dos pés, e abdicou do quinto salto. Ficou a ver os restantes sete saltadores a fazerem os seus últimos saltos e foi para o último ensaio já como novo campeão olímpico - foi nulo.

Zhu Yaming, da China, acabou por ficar com a medalha de prata, graças a um novo recorde pessoal de 17,57m. Um dos principais candidatos, Hugues Fabrice Zango, do Burkina Faso, que não tinha impressionado na qualificação, ficou com a medalha de bronze, graças a um terceiro ensaio a 17,47m - foi a primeira medalha para o seu país.

Sem Taylor, o eterno segundo Will Claye (duas vezes prata nos Jogos) tinha em Tóquio uma oportunidade de chegar ao ouro olímpico mas nem ao pódio foi, fazendo o seu melhor ao terceiro salto (17,44m), que lhe valeu um quarto lugar.