Os 40 anos de Meghan Markle. Cinco momentos marcantes da sua vida pública

Muita tinta tem corrido sobre a mulher do príncipe Harry, desde que o namoro se tornou público, em 2016. Desde então tornou-se duquesa de Sussex, foi mãe duas vezes e abandonou a família real britânica.

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Nasceu a 4 de Agosto de 1981 na Califórnia, EUA REUTERS/POOL

Há quem diga que é “narcisista e sociopata”; outras vêem-na como uma vítima da pressão de pertencer à família real britânica ─ Meghan Markle celebra 40 anos nesta quarta-feira, 4 de Agosto. Nasceu em 1981 em Canoga Park, em Los Angeles, na Califórnia, EUA, filha de Thomas Markle e Doria Ragland. Muita tinta já correu sobre a duquesa de Sussex, desde que foi anunciado o seu namoro com o príncipe Harry, em 2016, até ao casal abandonar os deveres reais, no início de 2020. Mas não parecem ter ficado ressentimentos: a família real, desde a rainha aos duques de Cambridge até ao sogro, o príncipe Carlos, já desejou felicidades à ex-actriz pelas quatro décadas de vida, através do Twitter. Eis a sua vida pública desde que se soube que namorava com Harry.

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Há quem diga que é “narcisista e sociopata”; outras vêem-na como uma vítima da pressão de pertencer à família real britânica ─ Meghan Markle celebra 40 anos nesta quarta-feira, 4 de Agosto. Nasceu em 1981 em Canoga Park, em Los Angeles, na Califórnia, EUA, filha de Thomas Markle e Doria Ragland. Muita tinta já correu sobre a duquesa de Sussex, desde que foi anunciado o seu namoro com o príncipe Harry, em 2016, até ao casal abandonar os deveres reais, no início de 2020. Mas não parecem ter ficado ressentimentos: a família real, desde a rainha aos duques de Cambridge até ao sogro, o príncipe Carlos, já desejou felicidades à ex-actriz pelas quatro décadas de vida, através do Twitter. Eis a sua vida pública desde que se soube que namorava com Harry.

O namoro e a primeira aparição pública

Harry e Meghan conheceram-se, em Londres, através de uma amiga em comum, num blind date, ou seja, num encontro em que nenhum dos dois sabia muito sobre com quem se ia encontrar. Até hoje, não se tem a certeza quem é a amiga que os terá apresentado, mas os meios britânicos especulam que será a designer Misha Nonoo ou Violet von Westenholz, uma amiga de longa data do “príncipe rebelde”.

Depois de dois encontros, Harry tinha compromissos em África e Meghan no Canadá, onde gravava a série Suits. Cada um foi à sua vida, mas o príncipe arriscou e convidou-a para se encontrar com ele no Botswana. A relação à distância foi mantida em segredo durante quase meio ano, embora a família mais próxima soubesse.  

Em Novembro de 2016, a relação foi confirmada, em comunicado, pela família real britânica, que, à época, pediu privacidade e fim à “onda de insultos e assédio” à então namorada do príncipe.  Só a 25 de Setembro de 2017 viriam a aparecer em público pela primeira vez nos Jogos Invictus, em Toronto, no Canadá.

Por essa altura, nas páginas da comunicação social e nas caixas de comentários das redes socias, já se multiplicavam dezenas de comentários racistas relativamente às origens de Meghan. Muito se especulou também sobre o facto de a actriz ser divorciada ─ foi casada com o produtor norte-americano Trevor Engelson durante dois anos, entre 2011 e 2013.

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Mark Blinch

Pedido de casamento

O noivado foi anunciado em Novembro de 2017. O pedido de casamento foi “muito romântico”, descrevia, na altura, Meghan, nas primeiras declarações à imprensa, no Palácio de Kensington, em Londres. Com um joelho no chão, como manda a tradição, o príncipe fez o pedido, depois de 18 meses de namoro. “Foi uma surpresa fantástica, tão doce, tão natural, tão romântica”, descreveu a ex-actriz. Quando questionada se respondeu de imediato que “sim”, confessou que quase não deixou Harry terminar de fazer o pedido. “Já posso dizer que ‘sim’?”, perguntou-lhe então.

O anel de noivado foi mandado fazer pelo príncipe, em ouro com três diamantes. O maior diamante é proveniente do Botswana ─ país a que o casal tem uma ligação sentimental. Os dois diamantes mais pequenos pertenciam à colecção da princesa Diana. A jóia foi desenhada pelo próprio Harry e foi feita pela Cleave and Company, os joalheiros e medalhistas da rainha.

Na altura do noivado, Meghan Markle trocou definitivamente Toronto por Londres e abandonou a profissão de actriz. A partir de então, passou a acompanhar frequentemente o príncipe nos eventos públicos.

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REUTERS/TOBY MELVILLE

O dia do ‘sim’

Tornaram-se oficialmente duques de Sussex a 19 de Maio de 2018, num dia que, oficialmente, parecia saído de um conto de fadas. “Foi como ter uma experiência fora do corpo na qual eu estava presente”, disse, recentemente, Meghan, em entrevista à Oprah, ao recordar o momento em que entrou na igreja para se casar com Harry.

Casaram na Capela de S. Jorge, em Windsor, numa cerimónia ecuménica, com cerca de 600 convidados, entre grandes nomes de Hollywood, atletas e membros da família real. George e Amal Clooney, Oprah Winfrey, Serena Williams, David e Victoria Beackman, James Corden e Priyanka Chopra foram alguns dos convidados mais emblemáticos.

Meghan entrou sozinha na capela, já que o pai não esteve presente na cerimónia, para depois se juntar ao sogro, o príncipe de Gales. O aguardado beijo aconteceu logo à saída da capela, antes de o casal partir para um cortejo de cerca de meia hora pelas ruas de Windsor. Uma organizada pela rainha Isabel II, logo após a cerimónia, no Castelo de Windsor, à qual se seguiria outra organizada pelo príncipe Carlos, o pai, ao final da tarde, em Frogmore House, para um número mais reduzido de convidados.

O vestido de noiva ficou a cargo de Clare Waight Keller, à frente da Givenchy. A duquesa primou pela simplicidade e elegância, num modelo com decote em barco e mangas e três quartos. No véu de cinco metros de tule de seda foram bordadas à mão flores representativas da flora dos 53 países da Commonwealth. A segurar o véu, levou uma tiara de diamantes, emprestada pela rainha Isabel II, que pertenceu à rainha Maria, mulher de Jorge V (e trisavó de Harry).

Associada ao casamento, surgiu uma polémica nos tablóides: alegadamente Meghan Markle teria posto Kate Middleton a chorar numa disputa sobre os vestidos das meninas das alianças. A ex-actriz garante que terá sido tudo ao contrário. Aliás, o tratamento da imprensa para as duas cunhadas sempre foi diferente. Na entrevista dada Oprah, em Março deste ano, a mulher do príncipe Harry recorda o exemplo dos abacates: para uma, eram comida saudável; para a outra, a razão de todos os males do planeta.

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LUSA/NEIL HALL / POOL

Archie e Lilibet

Na polémica entrevista à Oprah, Meghan Markle confessou que o título mais importante que alguma vez terá é o de ‘mãe’. O primeiro filho do casal, Archie Harrison Mountbatten-Windsor, nasceu a 7 de Maio de 2019, no Hospital de Portland, em Londres. O nascimento do bebé foi envolto em mistério, depois de o casal ter recusado revelar qualquer detalhe de antemão, fazendo mesmo a imprensa acreditar que a criança teria nascido em casa.

Archie não tem título real (ainda que o possa vir a receber quando o avô, o príncipe Carlos, se tornar rei), o que terá magoado profundamente a sua mãe, já que implica menor protecção. Inicialmente, pensou-se que a opção de não ter um título tinha partido do pai, Harry e de Meghan, de forma a não limitar a vida do filho e a não impor um dever real. Agora, sabe-se que a decisão terá partido do Palácio de Buckingham. Harry descobriu, numa conversa com um membro da família, que a possível cor de pele do bebé justificou a decisão.  

Quando o bebé nasceu, magoada com a decisão, Meghan não quis tirar a clássica fotografia nos degraus do hospital — como Kate Middleton ou a princesa Diana fizeram. Só alguns dias mais tarde, apresentaram o bebé ao público, num momento de grande ternura. “É magia – é incrível e eu tenho os dois melhores rapazes do mundo, estou muito feliz”, declarou então Meghan. 

A Archie juntou-se, a 4 de Junho deste ano, Lilibet Diana Mountbatten-Windsor. O primeiro nome da segunda filha do casal é uma homenagem à rainha Isabel II, cuja alcunha no seio da família real é precisamente Lilibet, e o nome do meio é o da avó, a falecida princesa Diana.

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Reuters,Reuters

O afastamento da família real

Apesar de não ser uma figura consensual, Meghan Markle é o membro mais popular da família real britânica, indicava uma sondagem em Dezembro de 2020, menos de um ano depois dos duques de Sussex terem deixado a Inglaterra.

Em Janeiro do ano passado, o anúncio de que Meghan e Harry desejavam afastar-se dos deveres reais e abandonar o título de membros séniores abalou a monarquia britânica. Depois de deixarem o Reino Unido, viveram uma temporada no Canadá, até regressarem para cumprir os últimos compromissos. A partir de então, são financeiramente independentes e vivem na Califórnia, EUA. Além de trabalharem na sua fundação de solidariedade Archwell, têm acordos com a Netflix e o Spotify e escrevem livros. Meghan publicou um livro infantil The Bench (ainda sem tradução em português), em Junho, e, no final de 2022, chegam às livrarias as memórias do príncipe Harry

Só este ano cortaram os últimos laços que ainda os uniam à família real britânica, depois de terem informado, em Fevereiro, a rainha Isabel II de que não regressarão como membros activos da monarquia. Afastaram-se por se sentirem “encurralados”, contaram, na polémica entrevista dada a Oprah, em Março. Na conversa, o  casal fez polémicas afirmações sobre a posição da família real sobre a cor da pele do seu primeiro filho, sobre o facto de terem perdido a protecção real e as intensas pressões que terão levado Meghan a pensar em suicídio.

Aos 40 anos, a duquesa de Sussex parece estar mais feliz do que nunca, na Califórnia, e a realidade é “melhor do que qualquer conto de fadas que já tenha lido”, confessou na mesma entrevista.

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NEIL HALL/LUSA