Covid-19. DGS encurta intervalo entre doses da vacina da Pfizer
Segunda dose da vacina pode ser administrada entre 21 a 28 dias depois da primeira dose, segundo uma norma da Direcção-Geral da Saúde actualizada esta terça-feira.
O intervalo recomendando entre as duas doses da vacina Comirnaty, do consórcio Pfizer/BioNtech, contra a covid-19 passa a flexível. A segunda dose pode, agora, ser administrada entre 21 a 28 dias depois da primeira dose, segundo uma norma da Direcção-Geral da Saúde (DGS) actualizada esta terça-feira.
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O intervalo recomendando entre as duas doses da vacina Comirnaty, do consórcio Pfizer/BioNtech, contra a covid-19 passa a flexível. A segunda dose pode, agora, ser administrada entre 21 a 28 dias depois da primeira dose, segundo uma norma da Direcção-Geral da Saúde (DGS) actualizada esta terça-feira.
A 1 de Março, este prazo tinha sido alargado de 21 para 28 dias. Na altura, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, explicou em conferência de imprensa que tinha sido “uma decisão com amplo consenso técnico da Direcção-Geral da Saúde e do Infarmed” e que iria permitir a vacinação de mais 100 mil pessoas até ao final de Março.
Na passada sexta-feira, o coordenador da task-force da vacinação contra a covid-19, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, defendeu um encurtamento do prazo entre as duas tomas da vacina da Pfizer/BioNtech.
Em declarações à margem de uma acção de promoção da vacinação com jovens, no Parque das Nações, em Lisboa, Gouveia e Melo recordou que já foi reduzido anteriormente o prazo entre tomas das duas doses da vacina da AstraZeneca e defendeu uma decisão similar para a vacina da Pfizer/BioNtech, sobretudo perante a chegada de um milhão de vacinas dessa farmacêutica.
“Para concretizar o plano que está desenhado para os jovens começarem o ano lectivo já com a segunda dose, preciso de encurtar o prazo entre doses”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo aos jornalistas, reiterando que a medida pedida à Direção-Geral da Saúde (DGS) - e declarada pelo próprio na reunião de peritos na terça-feira no Infarmed - “faz todo o sentido” nesta fase do processo.
O imunologista Luís Graça, que é membro da comissão técnica de vacinação contra a covid-19, adiantou ao PÚBLICO outra justificação para o encurtamento do prazo. “Os dados alteraram-se com a variante Delta, uma vez que a protecção dada pela primeira dose é pouco robusta e é necessária a segunda dose para que seja significativa. Pela mesma razão, aliás, foi encurtado o prazo da segunda dose da vacina da AstraZeneca [de 12 para oito semanas]”.
Na norma agora actualizada, a Direcção-Geral da Saúde actualiza o esquema vacinal da Comirnaty, recomendando que o intervalo entre as duas doses seja de 21 a 28 dias.
Até domingo, já tinham sido administradas em Portugal, incluindo as regiões autónomas, 12,2 milhões de doses de vacinas. Nesta data, sete milhões de pessoas tinham pelo menos uma dose da vacina (68,2% da população) e 5,8 milhões de pessoas (56,5%) a vacinação completa.