O Senhor dos Anéis da Amazon, a série mais cara de sempre, já tem data de estreia
Grande aposta do serviço Prime Video nas “guerras do streaming” revelou a sua primeira imagem após anos de intenso sigilo. Só chega em 2022 para tentar com um anel todos governar.
A série da Amazon Prime Video baseada no mundo de O Senhor dos Anéis de J.R.R. Tolkien estreia-se a 2 de Setembro de 2022, anunciou segunda-feira a plataforma de streaming do gigante tecnológico. Com um orçamento de 384 milhões de euros só para a primeira temporada, esta série será a mais cara de sempre e é a grande aposta da Amazon nas “guerras do streaming” por mais subscritores, tendo também revelado a sua primeira imagem na segunda-feira.
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A série da Amazon Prime Video baseada no mundo de O Senhor dos Anéis de J.R.R. Tolkien estreia-se a 2 de Setembro de 2022, anunciou segunda-feira a plataforma de streaming do gigante tecnológico. Com um orçamento de 384 milhões de euros só para a primeira temporada, esta série será a mais cara de sempre e é a grande aposta da Amazon nas “guerras do streaming” por mais subscritores, tendo também revelado a sua primeira imagem na segunda-feira.
O intenso sigilo que rodeia a série — cujo título ainda não é conhecido — foi quebrado ao final do dia de segunda-feira (hora portuguesa) para dar a conhecer uma imagem da Terra Média com uma única figura, de costas, sabendo-se apenas que pertence ao primeiro episódio. A data de estreia, mais tarde do que a plataforma desejaria (estimava-se que pudesse ainda chegar este ano), far-se-á num fim-de-semana prolongado nos EUA e em simultâneo com o resto do mundo nos 240 territórios onde o serviço está presente, Portugal incluído.
A série passa-se na Segunda Era do universo criado por Tolkien, “milhares de anos antes dos acontecimentos de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, e levará os espectadores a um tempo em que foram forjados grandes poderes, em que reinos ascenderam à glória e caíram em ruínas, em que foram testados heróis improváveis e em que a esperança esteve pendurada pelo mais fino dos fios”, lê-se no comunicado de imprensa da Prime Video, que anuncia, claro, que este foi também o tempo “do maior vilão que alguma vez saiu da caneta de Tolkien” para “ameaçar encobrir o mundo inteiro na escuridão”.
Apesar de ser conhecido o elenco e de não haver nomes comuns com as encarnações cinematográficas de O Senhor dos Anéis e O Hobbit, de Peter Jackson, a mesma nota promete reencontros com personagens “familiares”. Os actores que compõem a plêiade de personagens da série de J.D. Payne e Patrick McKay (Star Trek: Além do Universo) são, para já, Cynthia Addai-Robinson, Robert Aramayo, Owain Arthur, Maxim Baldry, Nazanin Boniadi, Morfydd Clark, Ismael Cruz Córdova, Charles Edwards, Trystan Gravelle, Sir Lenny Henry, Ema Horvath, Markella Kavenagh, Joseph Mawle, Tyroe Muhafidin, Sophia Nomvete, Lloyd Owen, Megan Richards, Dylan Smith, Charlie Vickers, Leon Wadham, Benjamin Walker, Daniel Weyman e Sara Zwangobani.
A relevância da série já é grande antes mesmo da sua estreia dado o nível de investimento que representa e a estratégia que encabeça e que a frase “Um Anel para todos governar” de O Senhor dos Anéis simboliza sintomaticamente: a Amazon Prime Video é uma das grandes concorrentes da Netflix e das chamadas “guerras do streaming” por mais assinantes, mediatismo e centralidade.
Desde os últimos estertores de A Guerra dos Tronos, um dos derradeiros fenómenos globais da era da televisão linear e cuja última temporada terá custado 75,8 milhões de euros, que os serviços de streaming procuram cavalgar o seu efeito — ou seja, ter uma série imperdível para milhões de espectadores em todo o mundo, absorvente no seu género (a fantasia e a construção de universos complexos são propícios a um engajamento forte, e multiplataformas, do público) e com qualidade narrativa que gere tanto subscrições quanto reconhecimento crítico e público.
Jennifer Salke, responsável da Amazon Prime Video, relativizou há semanas à revista Hollywood Reporter o orçamento colossal da primeira temporada, que permite antever que toda a série seja a mais cara de sempre dado o contrato para várias temporadas que já envolve. Por um lado enquadrou tudo na febre de produção de novos títulos movida pelos “streamers”: “o mercado está louco”; “é um mundo louco”. Por outro, recordou precisamente que o preço dos primeiros episódios da nova série corresponde a “uma temporada integral de uma série com enorme ‘world-building’ [construção de mundos, de um universo com línguas, cenários e criaturas próprias]”.
Portanto, são 384 milhões de “construção de uma infra-estrutura do que vai suster toda a série”, frisou, lembrando que esperam retorno a cada episódio imperdível. “Um público gigantesco e global tem de comparecer perante ela como ‘appointment television’ e estamos bastante confiantes de que isso acontecerá”.
A série, tal como os seis filmes pré-existentes baseados na obra literária de Tolkien, foi e está a ser filmada na Nova Zelândia.
A Netflix tem 209 milhões de assinantes e Jeff Bezos diz que 175 milhões dos subscritores do seu serviço Prime (que inclui várias valências, como entregas expresso) viram filmes e séries no último ano na sua plataforma de streaming — mas não revela dados específicos de assinaturas. A Disney+ conta com 103 milhões de assinantes.
Notícia corrigida às 10h35: referência a “territórios” e não a países onde a Amazon está presente