Ex-mulher de Johnny Depp terá de provar que doou o dinheiro do acordo de divórcio
O Hospital Infantil de Los Angeles e a União Americana das Liberdades Civis terão de divulgar se Amber Heard doou mesmo àquelas instituições a totalidade dos sete milhões de dólares.
O actor Johnny Depp conseguiu uma vitória na batalha legal contra a sua ex-mulher Amber Heard ─ o Hospital Infantil de Los Angeles (ACLU, na sigla original) e a União Americana das Liberdades Civis terão de divulgar se a actriz doou mesmo àquelas instituições a totalidade dos sete milhões de dólares (cerca de seis milhões de euros) do acordo de divórcio, em Agosto de 2016.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O actor Johnny Depp conseguiu uma vitória na batalha legal contra a sua ex-mulher Amber Heard ─ o Hospital Infantil de Los Angeles (ACLU, na sigla original) e a União Americana das Liberdades Civis terão de divulgar se a actriz doou mesmo àquelas instituições a totalidade dos sete milhões de dólares (cerca de seis milhões de euros) do acordo de divórcio, em Agosto de 2016.
Um juiz do Tribunal de Nova Iorque determinou que o ACLU divulgue os documentos que comprovam que Amber Heard cumpriu a promessa de doar o resultado do acordo de divórcio, concluído em Agosto de 2016, ao hospital infantil, onde é voluntária. A decisão representa uma das primeiras vitórias de Depp na batalha legal, que dura há cinco anos. Johnny Depp está “extremamente satisfeito com a decisão do tribunal”, disse o advogado do actor, Benjamin Chew, em declarações aos USA Today, que contactou também o advogado de Amber Heard e o ACLU ─ ambos se negaram a prestar a tecer quaisquer comentários sobre o assunto.
O mediático divórcio voltou à ribalta no Verão do passado, quando o ex-casal prestou declarações no Supremo Tribunal em Londres, no âmbito do processo de difamação que a estrela de Os Piratas das Caraíbas move contra a editora News Group Newspapers (NGN). Num artigo de 2018, o jornal britânico Sun terá rotulado Depp de “espancador de esposas”. Amber Heard foi a principal testemunha a favor da editora e as audiências do caso foram sobretudo uma troca de insultos entre os actores.
Mas Johnny Depp não desistiu e abriu um novo processo contra a ex-mulher na Virgínia, EUA, acusando-a também de difamação. As doações da Mera de Aquaman foram recordadas pelo advogado de Depp, no âmbito deste processo a decorrer em tribunal. O outro advogado de Johnny Depp, Andrew Caldecott, argumentou que as promessas de doação de Amber Heard foram uma “mentira calculada e manipuladora”, que “inclinou a balança a seu favor desde o início”.
Caldecott alega, ainda, que um representante do hospital infantil escreveu a um representante de negócios do actor, em 2019, a acusar Amber Heard de nunca ter feito quaisquer pagamentos. Os argumentos foram rejeitados pela defesa, que disse que a actriz havia prometido doar a quantia do acordo em várias prestações, ao longo de dez anos. O advogado da NGN, Adam Wolanski, confirmou que Heard já teria feito “vários pagamentos na sequência das suas promessas”.
Em Dezembro de 2018, a actriz escreveu uma coluna no Washington Post, onde se assumia como vítima de violência doméstica e sugeria que o agressor seria Depp, ainda que sem mencionar directamente o nome do actor. Três meses depois, o “capitão Jack Sparrow” de Os Piratas das Caraíbas abriu um processo em tribunal, onde pede para ser indemnizado em 50 milhões de dólares (cerca de 42 milhões de euros). A actriz não se demorou a responder às acusações e submeteu mais de 300 páginas onde prova as acusações de violência doméstica, anexando as fotografias dos hematomas no rosto e das cicatrizes nos seus braços, bem como registos das divisões da casa destruídas após as discussões.
A troca de acusações continuou, com Johnny Depp a recordar que Amber Heard também o agrediu, em 2015, a bordo de um avião privado, onde o esmurrou repetidamente na cara. Depp recorda que a ponta do seu dedo sofreu um corte durante uma discussão, quando Heard atirou uma grande garrafa de vodca que lhe bateu na mão. Mas a actriz refuta a versão do ex-marido: “Só atirei coisas para escapar a Johnny quando ele me estava a bater”, disse, no tribunal em Londres, em Julho de 2020.
Amber Heard, 35 anos, e Johnny Depp, 58 anos, ficaram noivos em Dezembro de 2014. O casamento aconteceu no cenário idílico da ilha de Depp nas Bahamas, em Fevereiro de 2015. A cerimónia, aliás, parecia saída de um filme, com os noivos a chegarem cerimónia de hidroavião e trocarem votos com os pés na areia. Mas, pouco mais de um ano depois, em Maio de 2016, a actriz pediu o divórcio e avançou com uma ordem de restrição contra Depp. Desde então, o ex-casal tem-se debatido em tribunal, sem fim à vista.