Danish Siddiqui (1983-2021), o repórter que fotografava para “o homem comum”

Começou a fazer jornalismo na televisão, mas foi na fotografia que encontrou o melhor caminho para mostrar aquilo que mais queria: pessoas.

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Ao longo das últimas semanas, surgiram várias homenagens públicas a Danish Siddiqui Francis Mascarenhas/Reuters

Todos os dias, às 11h30, o Cinema Maratha Mandir, em Bombaim, projecta o romance musical Dilwale Dulhania Le Jayenge (Aditya Chopra, 1995). É assim, religiosamente, há mais de 15 anos. Sim, 15 anos! O maior sucesso de bilheteira de Bollywood é também um recorde mundial de exibição contínua. O Maratha Mandir (que mostra outros filmes, claro) transformou-se num dos principais ícones da cidade. Em 2014, quando a longa-metragem protagonizada por Shah Rukh Khan comemorava 1000 semanas em cartaz, o repórter fotográfico da agência Reuters Danish Siddiqui foi tentar perceber melhor este fenómeno, captando os interiores do velho cinema, mas sobretudo as pessoas, os espectadores e a emoção no seu olhar. Questionado sobre qual era “a” sua fotografia para um perfil no site da Reuters, Siddiqui apontou uma imagem dessa grande reportagem. Numa fila de cadeiras com cinéfilos sentados de toda a maneira e feitio, o rosto de um rapaz iluminado pelo brilho da tela abre-se num sorriso embevecido, genuíno e inteiro.

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Todos os dias, às 11h30, o Cinema Maratha Mandir, em Bombaim, projecta o romance musical Dilwale Dulhania Le Jayenge (Aditya Chopra, 1995). É assim, religiosamente, há mais de 15 anos. Sim, 15 anos! O maior sucesso de bilheteira de Bollywood é também um recorde mundial de exibição contínua. O Maratha Mandir (que mostra outros filmes, claro) transformou-se num dos principais ícones da cidade. Em 2014, quando a longa-metragem protagonizada por Shah Rukh Khan comemorava 1000 semanas em cartaz, o repórter fotográfico da agência Reuters Danish Siddiqui foi tentar perceber melhor este fenómeno, captando os interiores do velho cinema, mas sobretudo as pessoas, os espectadores e a emoção no seu olhar. Questionado sobre qual era “a” sua fotografia para um perfil no site da Reuters, Siddiqui apontou uma imagem dessa grande reportagem. Numa fila de cadeiras com cinéfilos sentados de toda a maneira e feitio, o rosto de um rapaz iluminado pelo brilho da tela abre-se num sorriso embevecido, genuíno e inteiro.