Liliana Cá está na final olímpica do lançamento do disco
Lançadora portuguesa fez 62,85s ao segundo ensaio, num concurso em que algumas das favoritas desiludiram. Irina Rodrigues foi eliminada.
A portuguesa Liliana Cá apurou-se neste sábado para a final do lançamento do disco nos Jogos Olímpicos, ao conseguir 62,85 metros no segundo ensaio, que lhe valeram o oitavo lugar na qualificação.
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A portuguesa Liliana Cá apurou-se neste sábado para a final do lançamento do disco nos Jogos Olímpicos, ao conseguir 62,85 metros no segundo ensaio, que lhe valeram o oitavo lugar na qualificação.
A lançadora natural do Barreiro, de 34 anos, começou o Grupo B do concurso com 57,70m, prosseguindo com 62,85m e um “nulo”, assegurando um lugar entre as 12 que vão à final, marcada para segunda-feira, às 20h locais (12h em Lisboa).
A estreante em Jogos Olímpicos chegou a Tóquio2020 com a 12.ª melhor marca mundial do ano, com os 66,40m do recorde nacional alcançado em Leiria, a 6 de Março último.
“Na final espero passar para as oito primeiras, essa já era a minha medalha. E, se possível, com novo recorde nacional. Sempre pensei em chegar à final e no recorde nacional, porque sei que se isso acontecer poderei ir às medalhas”, afirmou Liliana Cá, na zona mista do Estádio Olímpico.
A qualificação ditou a eliminação da holandesa Jorinde van Klinken, detentora da melhor marca do ano (70,22m), sem conseguir melhor do que 61,15 metros, o que lhe valeu o 14.º posto, num concurso em que apenas a norte-americana Valarie Allman e a indiana Kamalpreet Kaur alcançaram as marcas de qualificação directa, com 66,42m e 64,00m, respectivamente.
A croata Sandra Perkovic, actual campeã olímpica, foi a excepção na “razia” ao anterior pódio olímpico, sendo a primeira “repescada”, com 63,75m, após a francesa e vice-campeã Mélina Robert-Michon não ter conseguido melhor do que o 15.º posto, com 60,88m, e a cubana Denia Caballero, bronze no Rio2016, não ter ido além do 23.º, com 57,96m.
“Eu considero que foi muito positivo, porque é a minha primeira vez nos Jogos Olímpicos. Comecei muito nervosa, mas depois consegui relaxar. A mim, basta-me meter um [disco] dentro e o resto já é mais calmo, o primeiro deixa-me sempre mais tensa”, explicou.
Antes, Irina Rodrigues não foi além de 57,03m na qualificação e falhou a final, ficando no 25.º lugar, na primeira vez que estiveram duas portuguesas no concurso de lançamento do disco dos Jogos Olímpicos.
Irina Rodrigues cumpriu a sua terceira presença olímpica, depois de ter sido 32.ª em Londres2012 e desistido no Rio2016, devido a uma fractura do perónio, já na Aldeia Olímpica.