Quando os povos choram os tiranos

José Estaline morreu a 5 de Março de 1953. A morte foi anunciada na madrugada de 6. Seria sepultado a 9. Funeral de Estado, de Sergei Loznitsa, utiliza material de arquivo filmado por operadores de câmara nos vários cantos da URSS e narra esses quatro dias. As imagens estiveram décadas esquecidas nos arquivos. É um sumptuoso tratado de mise-en-scène: o espectáculo do poder, o espectáculo do cinema.

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Funeral de Estado, de Sergei Loznitsa, acaba com uma “nota de pé de página” a lembrar os crimes de Estaline. É uma declaração do cineasta a garantir que não está a fazer o branqueamento de um tirano. O impacto de Funeral de Estado deve-se a um facto: depois do terror, os soviéticos, os russos e os outros, choraram Estaline. As imagens são brutais porque revelam uma brutal autenticidade.

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Funeral de Estado, de Sergei Loznitsa, acaba com uma “nota de pé de página” a lembrar os crimes de Estaline. É uma declaração do cineasta a garantir que não está a fazer o branqueamento de um tirano. O impacto de Funeral de Estado deve-se a um facto: depois do terror, os soviéticos, os russos e os outros, choraram Estaline. As imagens são brutais porque revelam uma brutal autenticidade.